“A vacina candidata usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP). É composta da proteína S expressa em forma de partículas parecidas com vírus (VLPs), administradas com um adjuvante [ingrediente que aumenta eficácia de medicamentos], em duas doses com intervalo de 21 dias entre as doses”, explicou, num comunicado, a agência governamental responsável pela aprovação de medicamentos no maior país da América do Sul.
A agência reguladora salientou que o ensaio clínico é composto por três estágios e o Brasil participará no terceiro, que corresponde à fase 2/3 do estudo em que se determinará a segurança e a eficácia deste medicamento contra a covid-19.
Na fase 3 dos testes a Medicago R&D e a GlaxoSmithKline planeiam incluir até 30 mil voluntários distribuídos entre o Canadá, Estados Unidos, América Latina, Reino Unido e Europa.
No Brasil, planeia-se incluir 3.500 voluntários na porção 3 do estudo de fase 2/3.
A fase 1 e 2 do estudo deste imunizante contra o coronavírus já está a decorrer no Canadá e Estados Unidos.
Este será o quinto estudo de vacinas contra a covid-19 autorizados pelas autoridades do Brasil, país com o segundo maior número de mortes pela doença, atrás dos Estados Unidos, e onde a pandemia continua descontrolada.
No último ano, Sinovac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen realizaram estudos de vacinas em território brasileiro.
Os quatro imunizantes testados receberam o aval da Anvisa para aplicação no país, embora apenas duas delas – a vacina da Sinovac e a vacina da AstraZeneca – estejam disponíveis até ao momento na campanha nacional de imunização do Ministério da Saúde, iniciada em meados de janeiro.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 340.776 vítimas mortais e mais de 13,1 milhões de casos confirmados de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.890.054 mortos no mundo, resultantes de mais de 133 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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