Numa altura em que se debate a carência de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o relatório social do Ministério da Saúde referente ao ano de 2016 e finalizado nos finais do ano passado mostra que em 2016 houve um acréscimo superior a três mil trabalhadores relativamente a 2015.

O ano de 2016 foi, desde 2010, o que teve maior número de pessoal médico e de enfermagem.

No período entre 2010 e 2016, o número de trabalhadores no Ministério da Saúde e no SNS atingiu o número mais elevado em 2016, com 129.915 funcionários.

No que se refere aos médicos especialistas no SNS, verifica-se um decréscimo entre 2010 e 2014 (diminuição de cerca de 5%). É em 2015 que o número de especialistas volta a crescer, atingindo em 2016 os 17.800 especialistas, superando valores de 2010.

O ano de 2013 foi o primeiro a contar com menos de 17 mil médicos especialistas no SNS, atingindo em 2014 o valor mais baixo, com 16.530. Só em 2016 se voltam a verificar mais de 17 mil clínicos especializados, o ano com maior número destes profissionais desde 2010.

Quanto aos médicos aposentados no ativo, foram crescendo sempre de 2010 a 2016, ano em que atingiram o valor mais elevado, com 301 profissionais em aposentação, mas que quiseram permanecer a trabalhar no SNS.

No caso dos enfermeiros no setor público administrativo e hospitais EPE, foi havendo uma ligeira diminuição entre 2010 e 2014, uma tendência invertida a partir de 2015, segundo o relatório social do Ministério que está disponível na internet.

Em 2015 e 2016 cresceu também o número de profissionais de técnicos de diagnóstico e terapêutica.

No que concerne aos assistentes técnicos e operacionais, o aumento registado em 2015 e 2016 foi bastante ligeiro e não alcançou sequer os valores que se registavam em 2011, ano a partir do qual estes funcionários começaram a decrescer.