António Vilela disse à Lusa que a cedência das escolas já foi aprovada em reunião do executivo e que os respetivos contratos de comodato serão assinados na próxima semana.

“São edifícios que estão desativados e a degradar-se mas que podem ser úteis para a criação de emprego no concelho”, referiu.

A vereadora do PS Manuela Machado votou contra, por considerar ilegal a cedência dos edifícios, mas António Vilela manifestou-se convicto de que “não há qualquer ilegalidade”.

“Quantos municípios cedem terrenos a custo zero ou a preços meramente simbólicos para instalação de empresas nos seus concelhos?”, questionou.

Sublinhou que, no caso das escolas, em causa não está uma “doação” dos edifícios mas sim uma “cedência” com prazos, regras e critérios definidos.

Disse ainda que os empresários vão ter de fazer, a expensas próprias, as obras de recuperação dos edifícios.

Na votação da cedência, a bancada do PS mostrou-se completamente dividida, com um outro vereador a abster-se e um terceiro a votar a favor.

Na antiga escola de Penascais, vai nascer uma unidade de transformação artesanal de um projecto de produção de licores, doces e compotas.

Em Atiães, será instalada uma unidade de destilação, produção artesanal e comercialização de gin.

“São, nesta fase inicial, projetos familiares, mas que podem crescer e criar mais emprego”, disse ainda o presidente da câmara, sublinhando que o recrutamento de pessoal tem de ser feito preferencialmente em Vila Verde.

Apontou os casos de uma fábrica de cerveja artesanal e de outra de chocolates que se instalaram em armazéns cedidos pelo município e que já têm “vários colaboradores”.

Em termos de antigas escolas, a câmara de Vila Verde já tinha cedido anteriormente a de Codeceda, para uma unidade de fabrico de mel, e a de Coucieiro, para a produção de queijo creme.

“Temos ainda outras escolas desativadas que estamos disponíveis para ceder a outros empresários que queiram criar investir e criar emprego no concelho”, rematou António Vilela.