Vale da Mata Pet Nat, um vinho rosé natural para mariscos, peixes grelhados e sushi

Mesmo a encerrar o ano, o Rocim surpreende com o lançamento de um vinho natural, o chamado Pet Nat, do Vale da Mata, propriedade situada em Cortes, perto de Leiria. “O nome é uma abreviação de Pétillant Naturel, uma expressão francesa que significa espumante natural, ou seja, é um vinho produzido de forma natural, seguindo métodos tradicionais e sem adição de leveduras ou açúcares. O vinho é engarrafado antes de completar a fermentação e esta é finalizada na garrafa, o que permite ir libertando o gás natural que o caracteriza. Um vinho único do terroir muito específico das Cortes, em Leiria, onde é produzido”, adiantam os enólogos, Catarina Vieira e Pedro Ribeiro.

Falamos de um vinho mais leve, com baixo teor alcoólico, que segue as novas tendências de consumo, foi vinificado em depósitos de cimento, para realçar a fruta primária, e terminou a fermentação em garrafa, a uma temperatura controlada. Teve um estágio de 14 meses sobre a própria borra e não fez "dégorgement", o que lhe traz alguma turvação, adiantam ainda os responsáveis.

O Vale da Mata Pet Nat tem 90% de Tinta Roriz, 5% de Vital e 5% de Arinto. Estas duas últimas castas são emblemáticas da região de Lisboa e evidenciam o seu lado Atlântico. É um vinho leve e refrescante, que deve ser servido, idealmente, entre os 6 e os 8 ºC.

De acordo com os seus criadores, é um vinho que pode ser bebido sozinho, num ambiente de descontração, mas que também combina com diferentes tipos de pratos, como mariscos, peixes grelhados, sushi dada a sua frescura e acidez, o que denuncia a proximidade que tem do mar.

Vale da Mata Pet Nat: PVP 10,99€.

20 vinhos lançados em 2023 para experimentar em 2024
Vale da Mata Pet Nat créditos: Divulgação

Alice branco 2022 para beber como aperitivo ou a acompanhar pratos leves

Trata-se de um vinho homenagem, lançado na primavera pelas irmãs Vieira de Sousa, com uma tríade de castas bastante tradicionais do Douro: Rabigato, Viosinho e Gouveio.

As uvas deste vinho têm origem na Quinta da Fonte – uma das quatro quintas da família –, numa vinha virada a nascente e situada a 500 metros de altitude, no planalto da pequena vila de Celeirós do Douro, Sabrosa, na sub-região do Cima Corgo. O resultado é um vinho de perfil jovem, fresco e equilibrado. Pensado para se beber como aperitivo ou para acompanhar refeições ligeiras, como saladas, pratos vegetarianos, peixes grelhados ou carnes brancas.

E porquê Alice? Porque foi na Quinta da Fontes que viveu Alice Vieira de Sousa, tia-avó das irmãs Vieira de Sousa. A sua vida foi dedicada a manter o projeto de produção de vinho e a casa de família, que fica nesta propriedade, mas também a ensinar crianças nas escolas de Celeirós do Douro e de aldeias próximas. Por essa razão, o rótulo é inspirado nos seus cadernos, na sua caligrafia e na primeira letra do seu nome.

Alice Branco 2022: PVP 9,80€.

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Alice branco 2022 créditos: Divulgação

Quinta de Camarate branco doce 2022 como aperitivo ou para acompanhar sushi

Este é um vinho José Maria da Fonseca, produzido mais precisamente na Quinta de Camarate, localizada junto à Serra da Arrábida e uma das referências da família, onde além da casa da família e da vinha, é a propriedade acolhe as ovelhas cujo leite é usado para fazer o célebre queijo de Azeitão.

Proveniente de solos argilo-calcários, o Quinta de Camarate branco doce 2022 tem aroma a frutos tropicais, sendo um vinho doce e aveludado, com equilíbrio entre doçura e acidez. O vinho é o resultado de um blend das castas Alvarinho (52%) e Loureiro (48%). De cor amarelo dourado e aroma floral, este branco combina também alguma mineralidade.

A vinificação foi feita em bica aberta a 16ºC, e a sugestão do produtor é que seja consumido enquanto jovem, a uma temperatura de 10/11º C. Ideal para ser apreciado enquanto aperitivo ou para acompanhar sushi. O seu perfil também combina com sobremesas, sobretudo aqueles que sejam feitos com doces de ovos.

Quinta de Camarate Branco Doce 2022: PVP 8,99€.

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Quinta de Camarate branco doce 2022 créditos: Divulgação

Invisível, o vinho que pode ser servido a diversas temperaturas e que tanto acompanha sashimi como bochechas de porco preto

Aquele que é considerado o maior sucesso da Ervideiria chega ao mercado na sua 14.ª edição com um feito: o aumento da produção para 135 mil garrafas, depois de a edição anterior, que já tinha ultrapassado as 100 mil, ter esgotado.

O vinho que foi lançado pela primeira vez em 2019 e que desde 2010 sai para o mercado a 1 de abril, é nas palavras de Duarte Leal da Costa, Diretor Executivo da Ervideira, “mais que um Blanc de Noir, é verdadeiramente um novo estilo de vinho”.

Proveniente da casta Aragonez, a vindima é feita durante a noite, para haver menos luz e temperaturas mais baixas. A ideia é reduzir a oxidação e anular fermentações indesejadas. De acordo com o produtor, quando a máquina colhe o cacho, vibra a videira e as uvas são sacudidas, o que provoca o rompimento da pelicula e a saída de parte do sumo que é levado de imediato para a adega, onde sofre um choque extremo de frio, para que a matéria corante existente, destabilize e precipite, retirando-se o sumo a limpo.

Com aromas de chá, hortelã, casca de lima e salva, na boca surge fresco, com uma boa acidez e estrutura final elegante. É um vinho com uma grande versatilidade gastronómica, uma vez que pode ser servido a diversas temperaturas e combinado com vários pratos, desde Sashimi a bochechas de porco preto, por exemplo.

Invisível: PVP 13,5€, 0,75 litros, ou 35€, versão Magnum.

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Invisível créditos: Divulgação

Malvasia de Colares Grande Reserva branco 2015 para ocasiões especiais

Trata-se do primeiro Grande Reserva Malvasia de Colares, produzido pela família Rosa Santos, a partir da colheita 2015.

Como o nome indica, este vinho é proveniente de Colares, uma região demarcada desde 1908, sendo as suas vinhas plantadas em solos arenosos e argilosos, ricos em minerais. Um terroir muito distinto, que dá lugar a vinhos elegantes, minerais e muito frescos, dada a sua proximidade com o Atlântico.

Este vinho em particular é o resultado de um trabalho de 11 anos do enólogo Jorge Rosa Santos, quando descobriu a região depois de assumir a enologia do Casal Santa Maria. As uvas são provenientes de vinhas centenárias situadas pouco acima do nível do mar, em chão de areia e com camada de argila a um metro de profundidade. O vinho fermentou em barrica usada de 225l e estagiou sob borras totais durante um ano, além de mais de seis anos de estágio em garrafa.

Este Grande Reserva é a primeira edição da coleção Vinhos de Expressão Individual, um projeto familiar, que chega ao mercado num lote de apenas 300 garrafas que se encontra disponível no formato de 0,75cl, no site do produtor, da distribuidora oficial Garcias, e em algumas garrafeiras selecionadas. Tem potencial de envelhecimento para pelo menos mais 20 anos.

Malvasia de Colares Grande Reserva Branco 2015: PVP 145€.

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Malvasia de Colares Grande Reserva branco 2015 créditos: Divulgação

Barão do Hospital Alvarinho Reserva 2020 para pratos de peixe, mariscos, carnes de aves e alguns queijos e enchidos

Da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, Sub-região Monção e Melgaço, chega-nos o vinho Barão do Hospital Alvarinho Reserva 2020, uma nova referência da Quinta do Hospital. Esta é uma homenagem às raízes na hospitalidade.

Para a enóloga Antonina Barbosa este vinho “denota o apreço pela história, o orgulho nas tradições e o respeito pelas características naturais do solo e da casta, no terroir de origem”.

De aroma intenso, mas muito elegante, é um vinho complexo, onde predominam as notas cítricas, nuances de algumas flores e chá e uma mineralidade vibrante que se acentua em boca. É um vinho estruturado por natureza, e com acidez, que se revela bastante persistente e com elevado potencial de guarda, num lote de 6000 garrafas.

Ideal para acompanhar peixes e mariscos, mas também carnes de aves e alguns queijos e enchidos.

Barão do Hospital Alvarinho Reserva 2020: PVP 24€.

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Barão do Hospital Alvarinho Reserva 2020 créditos: Divulgação

Costa Boal Moscatel Galego 2022, um relançamento para beber logo ou guardar na garrafeira

Foi um dos marcos deste ano para a Costa Boal. Sem produção desde 2015, o Costa Boal Moscatel Galego 2022 foi relançado, num lote de 2000 garrafas, numa homenagem a uma das castas características do concelho de Alijó.

Falamos de um vinho leve, fresco e aromático, fruto de uvas pré-selecionadas e colhidas à mão nas primeiras horas da manhã e de acordo com o produtor António Boal, responsável pela Costa Boal Family Estates, “a grande ciência inerente à qualidade deste vinho dá-se na escolha da data para a vindima, no encontrar o equilíbrio correto entre o nível de acidez e açúcar nos cachos”. E do trabalho do enólogo Paulo Nunes, acrescentamos nós.

Apresenta-se com uma cor citrina brilhante, em que o nariz é dominado por aromas florais e de citrinos. Em boca revela-se um vinho equilibrado, com uma acidez bem acentuada e um paladar seco e cítrico.

Este Costa Boal Moscatel Galego 2022 pode ser bebido de imediato ou ficar guardado durante três a quatro anos.

Costa Boal Moscatel Galego 2022: PVP 18€.

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Costa Boal Moscatel Galego 2022 créditos: Divulgação

Petrichor 2022, o primeiro curtimenta de João Portugal Ramos

Em 2023, João Portugal Ramos, produtor sediado em Estremoz, reforçou a sua gama de vinhos Single Vineyards com o lançamento do Petrichor 2022, um vinho marcante com um perfil distinto. Numa edição limitada de 1912 garrafas numeradas, o Petrichor 2022 é um tributo aos sentidos, sendo o primeiro vinho de curtimenta do grupo.

O seu nome é inspirado no aroma da chuva quando cai na terra: Petrichor. A palavra vem do grego petros, que significa “pedra", e do termo ichor, "o fluído que passa pelas veias dos deuses".

A representação da chuva a cair na terra não está apenas presente no aroma, mas também na garrafa, onde as gotas estão representadas através de pequenos relevos esculpidos. O rótulo e a cápsula de lacre, de cor cinzenta e textura rugosa, pretendem simular as cubas de cimento ovais onde este vinho é produzido.

Feito a partir de uvas de parcelas em modo de produção biológico, localizadas em solos xistosos, e com 20 anos de idade. É um blend das castas Arinto e Verdelho que apresenta um ligeiro tom âmbar, com aromas de erva cortada e casca de laranja. Trata-se de um vinho gastronómico, com boa acidez e presença de taninos provenientes do contacto com as peles.

Petrichor 2022: PVP 32,99€.

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Petrichor 2022 créditos: Divulgação

Van Zellers & Co 2019 VZ Douro tinto para pratos de carnes assadas, enchidos ou queijos intensos

Um vinho desenhado a rigor por Cristiano van Zeller e Joana Pinhão. O que torna este vinho particular é o facto de as uvas, provenientes de de vinhas velhas, serem pisadas a pé. Depois de fermentar em cubas de inox, o vinho envelheceu entre 18 e 24 meses em barricas de carvalho francês de 225 litros. As diferentes fermentações estiveram separadas até ao blend final, no mês anterior ao engarrafamento, que aconteceu em julho de 2021.

Trata-se de um tinto encorpado, vivo, expressivo, com notas frutadas e outras apimentadas, ideal para acompanhar carnes assadas, enchidos ou queijos intensos

Van Zellers & Co 2019 VZ Douro Tinto: PVP 21€.

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Van Zellers & Co 2019 VZ Douro tinto créditos: Divulgação

Talhão 01 tinto 2020 para pratos intensos e bem condimentados de forno ou cortes de carne com mais gordura

O novo capítulo do projeto Talhão assinado pela Família Margaça chama-se Talhão 01 o novo topo de gama do produtor que sucede ao talhão 37. Disponível em quantidades muito limitadas, num lote de 2500 garrafas, o Talhão 01 Tinto 2020, marca a continuidade de um projeto de microvinificações realizadas entre várias castas da propriedade e confiadas inteiramente às regras da natureza. Foram estas que determinaram que as uvas colhidas no talhão 1, localizado na vinha do Monte Branco, em Pias, no Alentejo, ocupassem um lugar de destaque no portefólio da família.

Este monocasta de Touriga Nacional, a casta rainha dos tintos em Portugal, é complexo, elegante e intenso. Teve um estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês, com um tanino fino e aveludado e acidez equilibrada. É um vinho bastante gastronómico, ideal para acompanhar pratos intensos e bem condimentados de forno, como os pratos típicos alentejanos. A sugestão do produtor que acompanhe este vinho com galo, aves de caça, pernil de porco ou cortes mais macios e gordos de carne de porco ibérico como plumas ou secretos na grelha.

Dica: apesar de o Talhão 01 estar pronto a ser apreciado, vai beneficiar se tiver dois a três anos de guarda.

O vinho pode ser encontrado na Garrafeira Soares e Estado Líquido ou na loja online do próprio produtor.

Talhão 01 Tinto 2020: PVP 27,95€.

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Talhão 01 tinto 2020 créditos: Divulgação

Herdade de São Miguel Pé de Mãe 2020 para queijos de pasta mole, guisados, enchidos e carnes vermelhas

É uma das referências topo de gama da Casa Relvas, produtor alentejano. Falamos do Herdade de São Miguel Pé de Mãe 2020, um vinho considerado pelo produtor como “muito especial, que representa as castas nobres que o Alentejo tem vindo a promover”.

O nome deste vinho, “Pé de Mãe” é aquele que é dado a videiras selecionadas para reprodução vegetativa, escolhidas pela qualidade do seu fruto, pela boa adaptação a um determinado terroir e pela resistência a doenças de lenho.

Trata-se de uma homenagem às castas tradicionais alentejanas, que de acordo com a Casa Relvas “têm vindo a perder alguma importância na região e que estão atualmente cada vez mais esquecidas”. Composto maioritariamente por Trincadeira (90%), foram selecionadas uvas das plantas que apresentavam melhor expressão vegetativa e maturação mais homogénea. As uvas são provenientes de uma vinha plantada em 2001, na Herdade de São Miguel, no Redondo, em solos de xisto, rodeados por uma floresta de sobreiros.

A vindima foi manual, com seleção à parcela, e teve uma fermentação com leveduras indígenas, com temperatura controlada, e fermentação em inox com bago inteiro e 20% dos engaços. Teve ainda uma maceração de 30 dias, e o estágio foi feito em tonel de 5 mil litros de carvalho francês, ao longo de 18 meses.

De cor rubi aberta, apresenta aroma de frutos vermelhos e flores de laranjeira, com notas balsâmicas. Tem uma boa acidez, taninos suaves e um final de boca frutado e persistente. Ideal para acompanhar queijos de pasta mole ou guisados, mas também enchidos e carnes vermelhas.

Herdade de São Miguel Pé de Mãe 2020: PVP 30€.

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Herdade de São Miguel Pé de Mãe 2020 créditos: Divulgação

Mirabilis tinto 2021, um grande vinho tinto feito para momentos especiais

Corria o ano de 2011 quando foi lançado o primeiro Mirabilis, um vinho branco do Douro que veio revolucionar o conceito de grandes vinhos brancos em Portugal, com uvas de pequenas vinhas centenárias, onde predominam o Viosinho e o Gouveio entre outras castas já quase inexistentes. Mas foquemo-nos na sua versão em tinto.

O ano de 2021 marca a sexta edição do Mirabilis tinto, num regresso a anos mais frescos, o que permite combinar melhor os aromas maduros com as especiarias brancas. Os taninos finos, elegantes, de nervo e profundidade únicos, fazem com que o Mirabilis tinto 2021 reflita o temperamento de uma vindima protegida, dos aromas a frutos azulados amadurecidos com o tempo, de uma frescura e uma estrutura linear que contrasta com a densidade e a gravidade de um meio de boca lento e um final elegante e enorme persistência. Para Luísa Amorim, CEO da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, é “um vinho que extravasa a nossa compreensão e com calma aproxima-se da maturidade humana”.

De salientar também o trabalho da equipa de enologia liderada por Jorge Alves, conhecido por gostar de fazer “vinhos bem feitos”.

Proveniente de um blend de castas de Tinta Amarela e Vinha Centenária, estagiou durante 12 meses em barrica nova de carvalho francês, mais cinco meses em garrafa, numa produção de 7500 garrafas.

Um vinho especial, feito para momentos especiais.

Mirabilis tinto 2021: PVP 150€.

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Mirabilis tinto 2021 créditos: Divulgação

Clandestino Cuvée EC+TN para um frango no churrasco ou para o tempo das sardinhas assadas

“Não é branco, não é tinto, nem é rosé. É cuvée e orgulhosamente Clandestino”. É desta forma que a Caminhos Cruzados, nos apresenta este vinho que é o reflexo da mistura de duas castas rainhas do Dão: a branca encruzado e a tinta touriga nacional, num trabalho dos enólogos Carla Rodrigues, Carlos Magalhães e Manuel Vieira.

As uvas provenientes de duas parcelas da Quinta da Teixuga, são plantadas em solos graníticos.  Este vinho teve uma vinificação diferente do tradicionais, uma vez que, sobre uma base de películas de touriga nacional previamente desengaçadas, esmagadas e esgotadas, foi lançado o mosto proveniente de uvas da casta Encruzado, que assim fermentaram em conjunto.

O aroma subtil e a frescura do Encruzado encontraram-se com as notas de frutos vermelhos da Touriga Nacional para fazerem “um vinho descomplicado e de fácil consumo, indicado para acompanhar a gastronomia oriental, sardinhas assadas ou frango no churrasco”, diz-nos o produtor.

Clandestino Cuvée EC+TN: PVP 12,50€.

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Clandestino Cuvée EC+TN créditos: Divulgação

Dandy de Cidrô tinto 2021, um vinho estilo palheto para se beber facilmente a acompanhar carnes brancas, cogumelos ou queijos suaves

Produzido a partir de três castas autóctones - Tinta Roriz (80%) e Tinta Francisca (12%), nas tintas, e a branca Viosinho (8%) – é um vinho com algum exotismo e originalidade, com assinatura da Real Companhia Velha.

Para a sua produção, optou-se por uma vindima antecipada, em meados de agosto, para se conseguir leveza, frescura de fruta e baixo teor alcoólico, com fermentação do mosto em cubas de inox, a 24-26ºC. O Viosinho é adicionado ao lote final, contribuindo para suavizar o palato e conferir o tal exotismo, volume e amplitude de boca. O estágio foi feito em balseiros de carvalho francês, durante oito meses e chama a atenção por ser um tinto aberto de cor, granada e pouco densa, o que lhe confere um perfil invulgar.

No nariz, salientam-se notas de cereja e framboesa madura, mas também flores brancas com nuances vegetais, que lhe conferem frescura. Na boca tem um perfil leve e quase aveludada, com baixo teor alcoólico (12%), sendo um vinho fácil de beber e que deve ser consumido enquanto jovem. Ideal para acompanhar carnes brancas, pratos de origem asiática, como pato à Pequim, cogumelos e queijos suaves.

Dandy de Cidrô tinto 2021: PVP 8€.

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Dandy de Cidrô tinto 2021 créditos: Divulgação

Vinha do Pinto 2021

Depois do lançamento do Vinha do Pinto 2019, este ano a Quinta Dona Matilde reeditou esta referência com o lançamento do Vinha do Pinto 2021, um tinto unoaked que se traduz num vinho do Douro elegante.

“Este vinho expressa uma vinha, recatada dos exageros do Douro numa encosta virada a nascente, que nos oferece frutos de um equilíbrio e harmonia surpreendentes”, assegura José Carlos Oliveira, viticólogo da Quinta Dona Matilde.

Preservar a vinha histórica neste coração do Douro “é um desafio”, sublinha Filipe Barros, administrador da Quinta Dona Matilde uma vez que “a produtividade é muito baixa, dois ou três cachos por cepa, pouco mais de mil quilos por hectare”.

Produzido a partir de uvas colhidas em vinha com mais de 90 anos da Quinta Dona Matilde, apresenta grande complexidade e equilíbrio. Tem um perfil de vinha velha duriense, com notas vegetais, de esteva, do bosque e de fruta madura. A vinificação foi feita em inox, durante 18 meses, sem estágio em madeira e fermentação com leveduras autóctones.

Esta produção de 3000 garrafas apesenta um tom vermelho-escuro e sendo um vinho que foi filtrado, está pronto para ser consumido, se bem que o produtor deixa a nota que melhora com a idade.

Vinha do Pinto 2021: PVP 50€.

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Vinha do Pinto 2021 créditos: Divulgação

Servas de Bacchus tinto 2016, um vinho icónico de homenagem a várias gerações

Diz-nos a história deste vinho que, depois de anos de pesquisa entre o binómio vinhas e adega, Luís Serrano Mira, responsável pelo projeto Herdade das Servas, que fundou há 25 anos, lançou o seu ícone, um field blend tinto do terroir da Vinha do Clérigo, numa edição limitada de 3600 garrafas. Nascido no seio de uma família que produz vinho no Alentejo, desde 1667, este vinho é o tributo a todas as gerações que o antecederam na arte de produzir vinho.

Depois de anos de experiências, em 2016, o produtor conseguiu chegar ao perfil que idealizou para esta homenagem. Depois de semanas de um minucioso controlo de maturação, Luís Serrano Mira decidiu que o dia 22 de setembro seria a data ideal para a apanha das uvas do field blend da Vinha do Clérigo, em Orada. Uma vindima que resultou da mistura das três castas presentes na parcela de 10 hectares plantada em 1940: Trincadeira Preta, Castelão e Alicante Bouschet. Em comum têm o facto de serem variedades com um enorme potencial de longevidade.

Com vindima feita à mão e depois de uma segunda seleção dos cachos, feita na mesa de escolha à chegada da adega, as uvas passaram pelo processo de desengace total e pisa a pé em lagar de mármore, durante 48 horas. As fermentações ocorreram em dez spin barrels de carvalho francês, novos e com capacidade de 500 litros, seguindo-se duas semanas em curtimenta.

O Servas de Bacchus tinto 2016 estagiou durante dois anos em barricas novas de carvalho francês, de 225 litros e engarrafado em maio de 2019.

Servas de Bacchus tinto 2016: PVP 267€.

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Servas de Bacchus tinto 2016 créditos: Divulgação

Quinta da Côrte LBV 2018 para acompanhar frutos secos, sobremesas de chocolate ou queijos amanteigados

O vinho do Porto Quinta da Côrte LBV 2018 (29,05€) é a quarta novidade apresentada pelo produtor de Valença do Douro neste início de ano. Ideal para harmonizar com sobremesas de chocolate, queijos amanteigados, amêndoas ou castanhas, esta nova colheita fez a sua vinificação em lagares com pisa a pé e estagiou em tonéis de madeira. O LBV 2018 é composto por uma mistura de castas das parcelas de vinhas velhas da Quinta da Côrte e, de cor retinta, é um vinho fresco e frutado, com aromas de chocolate e notas subtis de alcaçuz e especiarias. Encorpado e com taninos firmes e bem integrados, este Late Bottled Vintage demonstra grande equilíbrio e elegância, podendo ser desfrutado ainda jovem.

Quinta da Côrte LBV 2018: PVP 29,05€.

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Quinta da Côrte LBV 2018 créditos: Divulgação

Lagoalva Late Harvest 2022 para acompanhar queijos de pasta mole ou sobremesas à base de laranja e frutos secos

Acompanhando o rebranding do logo e dos rótulos dos vinhos que a Quinta da Lagoalva apresentou em 2023, e agora em garrafa de 500mL, o Lagoalva Late Harvest 2022, assinala os 25 anos desde a sua primeira edição, em 1997.

Como o nome indica, trata-se de um vinho cujas são colhidas mais tarde, face ao habitual tempo de vindima. Através da sua desidratação, consegue-se uma maior concentração de açúcar nos bagos e, consequentemente, no mosto que dá origem ao vinho.

Para a criação deste colheita tardia, as uvas foram apanhadas no dia 11 de novembro, numa conjugação de três castas: Riesling, Sauvignon Blanc e Fernão Pires, de acordo com o produtor.

Fermentado em barricas de carvalho francês durante seis meses, o Lagoalva Late Harvest 2022 revela um aroma intenso, com destaque para a fruta branca e um toque floral, típico da casta Fernão Pires. Na boca, fruta branca e algum citrino e mel. A presença da chamada “podridão nobre”, característica destes vinhos, confere-lhe complexidade, estrutura e persistência. Com bom volume de boa, a sua untuosidade é equilibrada com acidez bem presente, num lote de 1500 garrafas.

Lagoalva Late Harvest 2022: PVP 19,90€.

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Lagoalva Late Harvest 2022 créditos: Divulgação

Medronho da Herdade da Aldeia de Cima para honrar a tradição do sul do país

A história da Herdade Aldeia de Cima resume-se facilmente: trata-se do trabalho conjunto de Luisa Amorim e Francisco Rêgo que querem recupera o montado e as tradições alentejanas.

O medronheiro uma espécie arbustiva de porte tradicional da floresta portuguesa, sobretudo na Serra do Mendro, onde a altitude e os solos esqueléticos de xisto favorecem o seu crescimento e a acidez do fruto.

A partir de um estudo geológico que permitiu analisar os perfis de solo mais adequados foram identificados 25 hectares com boas condições para o cultivo deste arbusto, nascendo a ideia de selecionar em viveiro as plantas mais robustas e promissoras, por forma a micropropagar em vasos e, mais tarde, plantar os primeiros cinco hectares na zona dos Alfaiates.

Em 2021, com os enólogos Jorge Alves (o mesmo de Mirabilis) e António Cavalheiro, inicia-se a primeira colheita com a apanha manual de medronhos selvagens existentes na Herdade Aldeia de Cima e noutras herdades vizinhas, conseguindo-se destilar cerca de 500 l (aproximadamente 3500 kg) e assim produzir a primeira aguardente de medronho da Herdade da Aldeia de Cima com 48% (teor alcoólico), numa edição limitada a 1000 garrafas.

Tradicionalmente consumida como digestivo, aconselha-se que a aguardente de Medronho da Herdade Aldeia de Cima seja servida pura e em pequenos copos à temperatura ambiente. Mas, segundo o produtor “para quem deseja algo mais irreverente, a combinação de aguardente (1 dose) com sumo de ananás concentrado (2 doses), pedras de gelo e um pouco de hortelã torna-se numa bebida muito refrescante”.

Medronho da Herdade da Aldeia de Cima: PVP 65€.

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Medronho da Herdade da Aldeia de Cima créditos: Divulgação

Churchill’s Quinta da Gricha 2021 Vintage Port, uma edição limitada

Johnny Graham, fundador e master blender da Churchill’s, criou a marca, em 1981, com o intuito de apresentar, no mundo tradicional dos vinhos do Porto, um vinho com um estilo pessoal, seco e mais fresco. Em 2023, a Churchill’s apresentou o Churchill’s Quinta da Gricha 2021 Vintage Port, “que mostra na perfeição a elegância, precisão e o pedigree do terroir da Gricha”, segundo Johnny Graham.

Este vinho é o resultado de uma colheita e vindima mais típica do que aquela registada em anos anteriores, com a chuva a pautar momentos-chave do ano para proporcionar uma maturação equilibrada e completa.

Trata-se de um vinho mais fresco do que a média e regista um teor alcoólico mais baixo, equilibrado e intenso. Tem uma cor preta cerrada, com um rebordo púrpura, e um aroma característico a urze selvagem e mirtilo. Na boca apresenta um sabor fresco e harmonioso, com notas de chocolate preto e casa de laranja.

Esta é uma edição limitada de 2340 garrafas, à venda em exclusivo nas caves da Churchill's em Vila Nova de Gaia e em adegas especializadas por todo o país.

Churchill’s Quinta da Gricha 2021 Vintage Port: PVP 65€.

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Churchill’s Quinta da Gricha 2021 Vintage Port créditos: Divulgação

Pacheca Porto Tawny 50 anos para os grandes apreciadores de vinho do Porto

“Uma experiência e tanto”. Foi desta forma que o conceituado crítico de vinhos, Mark Squires, caracterizou o Pacheca Porto Tawny 50 anos, aquele que é o novo topo de gama da marca.

Avaliado com 96 pontos pela Wine Advocate, é um vinho que apresenta uma grande longevidade e uma capacidade de envelhecimento em garrafa. A indicação da Quinta da Pacheca é que o seu consumo seja feito entre 2022 e 2060, o que lança a promessa de um vinho ainda mais notável após a abertura da garrafa, nas próximas décadas.

De produção limitada, este blend de várias castas apresenta no nariz um aroma complexo a frutos secos, caramelo, com notas de baunilha e chocolate. No paladar é macio e sedoso, com um equilíbrio entre doçura e acidez, que permite um final de boca longo e elegante. Recomenda-se que seja bebido ligeiramente fresco.

Este vinho pode ser adquirido na loja online do produtor ou na sua loja física.

Pacheca Porto Tawny 50 anos: PVP 385€.

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Pacheca Porto Tawny 50 anos créditos: Divulgação