Frequentemente encarado como um procedimento puramente estético, a rinoplastia é muito mais que isso. Pode constituir um tratamento de reparação/reconstrução da anatomia nasal depois de um acidente/traumatismo, pode ser parte da reparação de uma fenda lábio palatina, pode ter um objetivo funcional apenas ou, como acontece na maioria dos casos, pode ter um objetivo misto – aliar a boa aparência a uma boa função respiratória.

É importante esclarecer e reforçar que a rinoplastia deve preservar os traços nasais que são importantes para o/a paciente. Mudar por completo, radicalmente, a forma e tamanho do nariz não é para muitos um objetivo. O nariz está no centro do rosto e como tal é uma das regiões anatómicas que mais nos distingue e define, relativamente aos outros.

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Ano após ano, a rinoplastia é dos procedimentos mais realizados em todo o mundo.

As queixas deles e delas

As queixas mais comuns do homem prendem-se com as assimetrias ou uma bossa nasal mais proeminente. A mulher refere preocupações relacionadas com a masculinidade das características nasais, o facto de o nariz ser largo ou muito grande e desproporcionado face ao rosto. 

Algumas características nasais são obrigatoriamente diferentes entre os sexos (forma do dorso, a posição da ponta nasal, qualidade e espessura da pele) porém, as etapas cirúrgicas acabam por ser semelhantes.

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O "ideal" de um nariz também difere entre homens e mulheres. Tendencialmente as mulheres têm um nariz mais fino, ligeiramente arrebitado, não muito comprido e pouco largo. Os homens têm um nariz mais proeminente, com o dorso reto, mais longo e nada arrebitado.

Acima de tudo, e não podendo deixar de se referir o mais importante, o nariz tem de ser funcional. Uma boa função respiratória tem de estar sempre aliada ao resultado final, caso contrário, por muito bonito que esteja, não vamos conseguir um paciente satisfeito.

Um artigo da médica Ana Silva Guerra, especialista em Cirurgia Plástica, Estética e Reconstrutiva.