"Tenho o prazer de anunciar" o fim do uso "da lã angorá de todas as coleções do grupo," no interesse de "proteger a natureza", disse o estilista Giorgio Armani em comunicado.

Na casa Armani, "a percentagem de roupa com lã angorá é muito baixa e planeamos substituí-la por materiais [que atendam] aos padrões mais rígidos em termos de bem-estar animal", disse uma porta-voz do grupo à AFP.

A marca italiana segue, assim, os passos de outros grupos do setor, como Gucci, Zara, Burberry e H&M, que procuram desvincular-se de práticas que envolvam maus tratos animais.

Em 2013, a organização de defesa dos direitos dos animais Peta lançou um apelo ao boicote aos produtos feitos com pele de angorá, acusando os agricultores chineses de arrancarem os pelos dos animais ainda vivos, e que demonstrou com alguns vídeos.

Segundo a Peta, 90% da pele angorá vem da China. A lã angorá é famosa pela sua textura sedosa e leve.

Giorgio Armani anunciou em 2016 que ia renunciar ao uso de qualquer tipo de pele de animal nas suas coleções, garantindo que atualmente existem alternativas válidas face a essas "práticas cruéis".