A modelo britânica de origem muçulmana Amena Khan (na imagem superior) foi convidada por uma conceituada marca de beleza internacional para promover a sua linha de champôs no Reino Unido. Mas o que parecia ser um sonho rapidamente se transformou num pesadelo. "Estou muito entusiasmada e incrivelmente orgulhosa de anunciar que faço parte da nova campanha publicitária da L'Oréal Paris Elvive World of Care", escreveu Amena Khan na rede social Instagram, onde tem mais de 570.000 seguidores.
Pouco depois, vieram a público notícias das publicações anti-israelitas que a também bloguer teria feito no Twitter em 2014 e apagado entretanto. Para evitar embaraços à marca, decidiu desistir do projeto. "Lamento profundamente o conteúdo desses meus tweets", afirmou publicamente ao princípio da tarde de hoje numa publicação no Instagram. "Peço as mais sinceras desculpas pela mágoa e pela dor que possa ter causado", digitou ainda.
"Não costumo descriminar ninguém. Decidi apagá-los porque eles não representam a mensagem de harmonia que eu defendo", justificou ainda. Na altura, Amena Khan afirmou que Israel era "um estado sinistro" e chamou "assassinos de crianças" aos governantes e militares israelitas. "Só recentemente é que tivemos noção desses posts", afirmou um representante da marca ao Newsbeat, um projeto informativo da BBC.
"Agradecemos o facto da Amena ter pedido desculpas publicamente pelo conteúdo dos tweets e pelas ofensas que os mesmos causaram. A L'Oréal Paris tem uma política de tolerância e de respeito por todas as pessoas. Aceitámos a sua decisão de desistir da campanha", disse ainda. O ano passado, a marca viu-se envolvida num escândalo semelhante, tendo sido obrigada a despedir Munroe Bergdorf (na imagem inferior) também no seguimento de afirmações polémicas.
"Sinceramente, não tenho energia para falar mais sobre a violência racial das pessoas brancas. Sim, todas as pessoas brancas [a cometem]", escreveu o modelo transgénero no Facebook, em agosto de 2017, no seguimento de um mediático ataque racista ocorrido em Charlottesville, nos EUA. "Muitos de vós não percebem ou recusam-se a ver que a vossa existência, os vossos privilégios e o vosso sucesso é construído sobre as costas, o sangue e a morte das pessoas de cor", criticou.
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