Os números são alarmantes. Atualmente, estima-se que sejam mais de 250 mil as crianças recrutadas no mundo, por Estados ou grupos armados, para estarem na linha da frente das guerras nos seus países.

 

Esta e outras realidades levaram Leila Zerrougui, representante especial das Nações Unidas para as Crianças e Conflitos Armados, a dizer esta semana que as guerras atingiram, em vários países, níveis extremos e têm um impacto "desproporcional e intolerável sobre as crianças".

Segundo esta responsável, "na Síria, no Sudão do Sul, na República Centro Africana (RCA), mas também na Somália, no Iraque, Afeganistão e em muitos outros países, milhares de crianças são recrutadas, mortas, mutiladas, violentadas, doutrinadas e forçadas a cometerem atrocidades".

A ONU elaborou uma lista onde constam os países acusados de recrutar crianças soldado; ao todo, são oito os governos e 46 os grupos armados acusados de o fazer. Entre os 8 países, seis deles já aprovaram um plano de ação, que inclui a proibição de recrutar crianças soldado.