José Carlos Alexandrino disse à agência Lusa que, na sequência de uma reunião efetuada na semana com a secretária de Estado ajunta da Educação, Alexandra Leitão, as partes chegaram a acordo para que seja a autarquia a realizar os trabalhos, cujos custos rondam os 400 mil euros.

O autarca disse que, logo que o protocolo com o Ministério da Educação seja assinado, o que se prevê para o início de julho, a Câmara Municipal, a título excecional, lançará “um concurso com caráter de urgência” para a empreitada.

O Ministério da Educação pretende que os trabalhos de remoção das placas de fibrocimento da unidade de ensino que acolhe a sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, avancem, durante as férias de verão, com financiamento europeu de “um programa ligado à eficiência energética”, disse.

“Esta é uma solução que dá resposta aos anseios da comunidade educativa do concelho”, afirmou José Carlos Alexandrino, eleito pelo PS na condição de independente, indicando que as obras deverão ser concluídas até finais de setembro para minimizar eventuais prejuízos ao início do novo ano escolar.

Município disposto a adiantar dinheiro

Caso seja necessário, a própria Câmara Municipal “poderá adiantar o dinheiro” para que a empreitada não sofra atrasos.

Na sexta-feira, a Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital interveio na reunião da Assembleia Municipal, voltando a alertar que o amianto pode provocar doenças como o cancro. Em resposta a uma pergunta do representante da Associação de Estudantes, Sebastião Barbosa, José Carlos Alexandrino anunciou que “a obra relativa à troca das placas será assegurada” pela autarquia, refere a organização estudantil em comunicado.

“Deste modo, o problema do fibrocimento com amianto (…) conheceu a sua tardia resolução, o que deixa a direção da Associação de Estudantes com um sentimento de felicidade e de dever cumprido por saber que contribuiu para uma escola com melhores condições para quem nela trabalha, alunos, pessoal docente e não docente”, acrescenta.