
Embora mais estudos sejam necessárias, especialistas dizem que este novo teste tem potencial para reduzir fatalidades e complicações nos 15 milhões de nascimentos prematuros por ano em todo o mundo.
O teste também pode ser usado para estimar a data do parto de forma "tão confiável quanto e menos dispendiosa do que a ultrassonografia", disse o estudo publicado na revista Science.
O teste mede a atividade dos genes materno, placentário e fetal, avaliando os níveis de ARN livre de células, que são moléculas mensageiras que transportam instruções genéticas do corpo.
"Descobrimos que um punhado de genes são altamente capazes de prever que mulheres correm risco de parto prematuro", disse o coautor do estudo Mads Melbye, professor visitante da Universidade de Stanford e CEO do Statens Serum Institut em Copenhaga.
"Passei muito tempo ao longo dos últimos anos a trabalhar para entender o parto prematuro. Este é o primeiro progresso científico real e significativo sobre este problema em muito tempo", acrescentou.
Teste para prever Síndrome de Down é agora usado em milhões de grávidas
Outro investigador de destaque foi Stephen Quake, professor de bioengenharia e de física aplicada na Universidade de Stanford, que liderou uma equipa que criou um exame de sangue para a síndrome de Down em 2008 - hoje usado em mais de três milhões de mulheres grávidas por ano.
O nascimento prematuro, que ocorre quando o bebê chega pelo menos três semanas antes da data prevista, afeta 9% dos nascimentos nos Estados Unidos e é a principal causa de morte antes dos cinco anos entre crianças em todo o mundo.
Já existem alguns testes para prever o nascimento prematuro, mas tendem a funcionar apenas em mulheres que apresentam um alto risco, e são precisos apenas em cerca de 20% dos casos.
Para desenvolver o teste, os investigadores examinaram amostras de sangue de 31 mulheres dinamarquesas para identificar que genes davam sinais confiáveis sobre idade gestacional e risco de prematuridade.
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