Sarah J. Nechuta, do Centro Oncológico Vanderbilt-Ingram, nos Estados Unidos, explica que “nas mulheres, o exercício na adolescência, independentemente do praticado na idade adulta, foi associado à redução do risco de cancro e mortalidade por qualquer causa".

A equipa estudou dados de um Estudo de Saúde da Mulher de Xangai, na China, um grande estudo de base populacional com cerca de 75 mil mulheres com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos.

O estudo, que durou quase 13 anos, avaliou a informação detalhada sobre os participantes, incluindo a prática de exercício físico entre os 13 e os 19 anos, os fatores relacionados com o estilo de vida em adultos e os resultados de mortalidade.

Após o ajuste dos fatores socioeconómicos na vida adulta, os pesquisadores descobriram que as mulheres que praticavam cerca de 1,33 horas de exercício por semana na adolescência apresentavam um risco 16% menor de morte por cancro e 15% menor por todas as causas.

Os cientistas sublinham que os dados do exercício foram relatados pelos participantes, pelo que existe um potencial erro de medição que não pode ser excluído; no entanto, defendem a necessidade de mais estudos sobre a atividade física detalhada na adolescência e estudos noutras populações para aprofundar os resultados agora obtidos.

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