Os alunos daquela EB23, que realizaram o protesto antes do período letivo da manhã, relataram situações em que chove dentro das salas, falta aquecimento, inexistência de chuveiros e de portas nos balneários, queixando-se de "não serem ouvidos" pelas "autoridades competentes".

Como são os almoços nas escolas no resto do mundo?
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Em declarações à Lusa, a vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Braga, Lídia Dias, reconheceu a necessidade de intervir naquele estabelecimento de ensino, um dos mais antigos do concelho, mas explicou que a obra "não foi considerada prioritária" pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, em 2014, aquando do mapeamento das escolas a intervir.

"Estamos nas aulas e chove-nos em cima, os aquecedores só podem ser ligados pouco tempo e temos frio. Não há portas nos quartos de banho, não temos chuveiros nos balneários. Está aqui uma escola sem condições", sintetizou Carla Silva, uma das alunas em protesto.

Câmara Municipal de Braga acha que protesto é uma "reivindicação legítima" 

Do lado da Câmara Municipal de Braga, o protesto é entendido como uma "reivindicação legítima" por parte dos estudantes. "É uma escola com 35 anos e que ao longo do tempo não teve intervenções de fundo, sofreu deterioração e tem atualmente muitos constrangimentos", reconheceu a responsável.

Segundo Lídia Dias, a autarquia "tem vindo a fazer pequenos arranjos" que são "insuficientes, uma vez que a escola precisa é de uma intervenção profunda".

A responsável garante que a câmara municipal deu conta daquela necessidade à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para que a ‘Frei Brandão’ fosse alvo de uma intervenção ao abrigo de fundos comunitários, mas que tal "não foi considerado prioritário".

"Temos vindo, de forma sucessiva, a alertar a tutela, nomeadamente com cartas para o Ministério da Educação, sobre as fragilidades da ‘Frei Brandão’. Vamos fazendo pequenos ajustes mas, repito, a escola precisa é de uma profunda intervenção", disse.