Mais de metade das mortes dizem respeito a menores de 25 anos e a maior taxa de morte por afogamento entre as crianças é relativa aos menores de cinco anos, assinala a Organização Mundial de Saúde (OMS) num relatório agora publicado.

O foco na luta contra a mortalidade infantil revelou "os assassinos escondidos (...), o afogamento é um deles", afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, no relatório que lista os mortos por afogamento, na banheira ou devido a um tsunami.

Chan apelou às autoridades para tomarem medidas de prevenção a "nível nacional e local".

As taxas mais altas são registadas nos países de rendimento médio e baixo, em África, no sudeste da Ásia e nas regiões do Pacífico Ocidental. Nestas duas últimas zonas registam-se mais de metade dos afogamentos fatais.

Em África, registam-se taxas de morte por afogamento 10 a 13 vezes superiores às de países europeus como o Reino Unido e a Alemanha.

A OMS defende que as autoridades locais instalem barreiras para controlar o acesso à água e que ensinem rudimentos de natação às crianças e de socorrismo aos adultos.

A nível governamental, a organização da ONU pede regras mais rigorosas para o transporte de passageiros em embarcações.

Os países ricos não escapam ao problema. Por exemplo, nos Estados Unidos, calcula-se que os afogamentos costeiros custem cerca de 273 milhões de dólares anualmente, em custos diretos e indiretos, afirma a OMS.