O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair foi oficialmente recebido no seio da Igreja Católica. A cerimónia, reservada, teve lugar na capela do Arcebispo de Westminster, Cardeal Murphy-O'Connor.
Há muito se especulava sobre a possibilidade de Blair abandonar a Igreja Anglicana, confissão religiosa oficial no Reino Unido. Segundo fontes próximas do político, só as responsabilidades do cargo o impediram durante anos de seguir livremente o seu caminho. No entanto, tanto a mulher, Cherie, como os filhos do casal eram já assumidamente católicos.
Em Junho passado, ao deixar o nº 10 de Downing Street, Tony Blair voou para Roma e avistou-se com o Papa Bento XVI, num gesto que foi interpretado como o primeiro passo público no processo de conversão.
Comentando a notícia, o Arcebispo (anglicano) de Cantuária, Roean Williams, disse: "A única razão para passar de uma família cristã para outra é aproximar-se mais de Deus. Rezo para que esse seja o resultado da decisão de Tony Blair".
O catolicismo, que durante séculos foi minoritário no Reino Unido, é hoje a confissão religiosa com mais adeptos naquele país. Um inquérito agora divulgado revela que a prática anglicana decresceu 20 por cento nos últimos 7 anos. As missas católicas atraem cada vez mais crentes, insatisfeitos com a via reformista adoptada pelo actual Arcebispo de Cantuária.
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