Estupefacta! Assim ficou a apresentadora e produtora de TV, Teresa Guilherme, quando soube que, por uma partida do destino, esteve quase a oferecer uma casa a Henrique Paulino Sotero, de 30 anos, também conhecido como o "violador de Telheiras", e à sua namorada, Ana Filipa dos Santos Sobral.

Isto porque o casal participou numa emissão do concurso "1, 2, 3", da RTP1, apresentado, na altura, por Teresa Guilherme, cujo maior prémio era, precisamente, um apartamento. Não ganharam a casa, mas levaram do mítico programa mais de 4 mil euros!

A revelação foi feita, a SapoFama e ao diário "24horas", por Madalena Sousa, residente na Rua do Amor Perfeito, em Massamá, Sintra, uma vizinha da mãe do técnico da ZON, detido por inspectores da PJ, no seu local de trabalho, em Lisboa, na passada sexta-feira, 5 de Março.

"Eles foram ao concurso tentar ganhar uma casa para se juntarem. Não conseguiram, mas, algum tempo depois, acabaram por comprar um apartamento também em Massamá e o Henrique deixou a casa da mãe, há cerca de três anos. Ultimamente, era raro vir cá", contou Madalena Sousa, que conhece o violador confesso "ainda ele andava na barriga da mãe".

Teresa Guilherme ficou surpreendida com a informação, dizendo que, "como é óbvio, não sabia de nada" e que já nem se lembrava do casal em causa. Frisou que, independentemente disso, repudia os actos do criminoso, que considera "horrendos".

A verdade é que o violador de Telheiras era mestre na ocultação dos seus crimes, ao ponto de ter actuado, conforme ele próprio confessou, mais de 10 anos na impunidade, violando, pelo menos, mais de 40 mulheres, todas menores de idade. Aliás, o criminoso chegou a ser abordado numa rua de Telheiras por dois inspectores da PJ que o identificaram e mandaram embora. Os agentes da Judiciária ficaram surpreendidos quando foram prender o violador às instalações da ZON e viram que, afinal, se tratava do homem com quem já tinham falado.

 

Henrique Sotero, que estudava Engenharia no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, terá confessado ao juiz de instrução criminal que a maioria dos crimes foram consumados nas imediações de um ginásio que frequentava, em Telheiras, na capital, onde as vítimas eram seleccionadas. O criminoso obrigava as jovens a praticar sexo oral.

(Texto: Carlos Tomás)