Com o hotel cercado por dezenas de repórteres e fotógrafos da imprensa cor-de-rosa espanhola, Cristiano Ronaldo decidiu abandonar a capital de Espanha para se libertar da pressão. Voltou para Lisboa um dia depois de ter sido ovacionado por mais de 80 mil adeptos no estádio do Real Madrid, para poder aproveitar as últimas horas de "liberdade".

Segundo o jornal "El Mundo", Ronaldo quis mesmo escapar "à perseguição da imprensa cor-de-rosa", que decidiu instalar os seus homens, de armas e bagagens, à porta do hotel em que o jogador se instalou depois da impressionante cerimónia de apresentação no estádio Santiago Bernabéu.

O craque português só tem de apresentar-se oficialmente nas instalações do Real na próxima sexta-feira, e como ainda não arranjou casa em Madrid, resolveu vir até Lisboa recompor-se das grandes emoções dos últimos dias. Na próxima segunda-feira, Ronaldo viajará com a sua nova equipa para o habitual estágio da pré-temporada, na Irlanda.

Jorge Valdano, director-geral do Real Madrid, manifestou-se preocupado com o cerco dos jornalistas a Cristiano Ronaldo: "Preocupa-me a pressão dos órgãos de informação não desportivos. Aqui, os jornais desportivos são muito respeitadores, mas os outros inquietam-me...", disse ele.

Na capital espanhola, os adeptos do Real vivem momentos de euforia depois das últimas grandes contratações feitas pelo clube, com destaque para Ronaldo e Kaká. Mas é o português, protagonista da maior transferência da história do futebol, que leva vantagem. As camisolas do português são as mais procuradas nas boutiques do clube e só ontem foram vendidas milhares de camisolas do novo número 9 madrileno ao preço de 85 euros cada uma.