O apresentador Jorge Gabriel também não ficou indiferente ao facto de Donald Trump ser o próximo Presidente dos Estados Unidos da América e disse que, apesar de "não sabermos bem como isto nos vai afetar em termos práticos, adivinhamos que o mundo vai mudar, e muito, nos próximos anos".

"Estas eleições só nos mostram as vicissitudes da democracia: as mesmas pessoas que elegeram Barack Obama há oito anos, desta vez elegeram o oposto de tudo o que ele representou e representa. Isto só prova que muita coisa mudou entretanto", comentou.

Segundo o apresentador, os EUAsão um país "insatisfeito com a classe política preguiçosa e instalada no poder, a atuar muito pouco e a agir com uma mentalidade de cartel que deixa tudo o resto de fora".

"Há uma frase que descreve o que se está a passar na perfeição: 'Quem semeia globalizações colhe populismos'", acrescentou.

Jorge Gabriel recorda ainda que Trump "regeu a sua campanha com ódio, desprezo e medidas que estão mais perto das ideias nacionalistas que vimos crescer um dia na Europa do séc. XX do que das ideias de democracia e liberdade que representam os Estados Unidos". "Um candidato que ofendeu todas as minorias do país e cujas medidas passam ao lado dos direitos humanos por uma grande margem", salientou.

Ainda assim, o apresentador fala em "esperança". "Mas há que manter a esperança. Os Estados Unidos da América não são o mundo e ainda há muitas outras vozes que valem. Esperemos pelos próximos capítulos", rematou.