Olivia Newton-John, atualmente com 70 anos, viu o estado de saúde agravar-se novamente nos últimos meses. Em entrevista ao programa de televisão "60 minutes Australia", a cantora, atriz, empresária e ativista, vítima de cancro da mama em estádio IV, uma das fases mais avançadas da doença, admite que o fim pode estar (muito) próximo. "Não sei quanto tempo é que me resta", assumiu a eterna estrela do filme musical "Grease".
Apesar de debilitada, Olivia Newton-John não perdeu o otimismo que sempre a caracterizou. "Tenho muita sorte por ter passado por isto [cancro] três vezes e ainda continuar cá", afirma a cantora e atriz. "Todos sabemos que, a dada altura, vamos morrer mas não sabemos quando é", sublinha a antiga colega de John Travolta, com quem protagonizou aquele que é um dos filmes musicais mais populares da década de 1970.
"Quando nos dão um diagnóstico de cancro ou um diagnóstico tremendamente assustador, és de repente confrontado com a possibilidade de um limite temporal, [mas] a verdade é que podemos ser atropelados por um camião amanhã. Por isso, todos os dias são uma dádiva, particularmente agora", refere. A primeira vez que Olivia Newton-John teve de lidar com a doença foi em 1992. Na altura, venceu-a, mas optou por não a tornar pública. 11 anos depois, a história repetiu-se. Mais uma vez, manteve a patologia na esfera privada.
Em maio de 2017, foi confrontada com metástases nos ossos, mas continua, apesar da frieza dos números, a acreditar que pode vencer a doença. "Eu não leio as estatísticas", confidencia. "Se alguém te diz que tens seis meses de vida, muito possivelmente acreditas nisso. Para mim, psicologicamente, é preferível não ter nenhuma ideia do que esperar nem saber aquilo por que a última pessoa que teve a doença antes de ti passou", diz.
Para combater a doença, a ex-bailarina tem seguido um tratamento oncológico que alia terapias holísticas a canábis medicinal e a ervas medicinais para aliviar as muitas dores, que tem complementado com fármacos prescritos pelo oncologista que a segue. "Nas minhas meditações, vejo o cancro a sair [do meu corpo]", desabafa a atriz. "Não quero ser uma vítima e não o sou, senão tornava-me escrava da doença", sublinha ainda.
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