Jessica Athayde foi mãe do pequeno Oliver no passado mês de junho e não podia estar mais 'derretida' com esta nova experiência. Depois de não ter tido uma gravidez fácil, fase que admite publicamente não ter gostado, a chegada do bebé mudou por completo a sua vida para melhor. E foi precisamente sobre a maternidade que a atriz falou com os jornalistas presentes na abertura da primeira Boutique Kinda na zona de Lisboa, no Oeiras Parque, esta quinta-feira, dia 21 de novembro.

Este foi o primeiro evento público da figura pública longe do menino e, por isso, a mamã estava com um friozinho na barriga, cheia de saudades do seu bebé, que é "super bem disposto e está sempre a rir-se", como descreveu a mãe 'babada'.

"Ainda não consegui desligar muito bem o botão", confessou, admitindo que não vai ser fácil quando tiver de se separar de Oliver para este ir para a escola e a atriz começar a trabalhar. "Mas faz parte, é um processo e eu estou no meu processo. Tornei-me numa coisa que achei que nunca iria acontecer comigo: uma mãe galinha. Tudo o que disse que ia fazer, estou a fazer tudo ao contrário", reconheceu, deixando de seguida uma mensagem a todas as mães que não tiveram a mesma oportunidade de poder estar em casa com o bebé nos seus primeiros meses de vida.

"Respeito enorme por todas as outras mães que têm de começar a trabalhar logo e que têm de deixar os filhos. Todas temos processos diferentes", acrescentou.

Jessica surpreendeu também pela excelente forma física que exibe cinco meses após ser mãe pela primeira vez. "Se calhar estou mais magra agora do que estava antes de engravidar. Mas não foi propositado, sinceramente. A Carolina Patrocínio quando me viu disse logo que estava muito elegante e que me tinha avisado. E é verdade, ela disse-me: depois de teres um bebé vais ver. E eu não acreditava. No primeiro mês e meio estava tão inchada... Pensava que o meu corpo nunca mais ia desinchar ou nunca mais ia voltar. Mas, de repente, não tens horas para acordar, dormes quando o bebé dorme, levantas-te e depois com o carrinho [de bebé]... O exercício que faço é esse. Ainda não tive tempo para voltar para o ginásio", explicou, destacando que foram as novas rotinas agitadas que levaram a que atingisse a boa forma.

Ainda assim, não deixa de recordar que ao início, quando estava inchada, chegou a consultar a clínica de Rita Andrade (nutricionista e ex-apresentadora da SIC). "Confesso que ao início até comecei a desinchar com a dieta que ela me mandou fazer", contou. No entanto, não conseguiu mantê-la por muito tempo por causa das rotinas do bebé.

"Eras para ir dormir às 21h mas o miúdo fez uma birra até às 23h, portanto, não jantaste. Depois não comes, vais dormir, mas depois vais preparar um biberão às 3h da manhã e comes batatas fritas... Não há uma organização muito grande", partilhou.

Para Jessica, os primeiros três meses de vida de Oliver "foram muito duros", não só pelos desafios por ser mãe de primeira viagem, mas também por causa do fim da relação com Diogo Amaral, pai do menino. "Não é segredo, separei-me, e foi a separação, mais uma mudança de casa, a logística também com os meus cães", enumerou, revelando que neste momento está a viver numa casa provisória e que tenciona mudar-se já no próximo ano, sendo que, provavelmente, sairá de Lisboa.

Mesmo separados, o ex-casal mantém a relação de amizade e tudo o que faz é para o bem do menino. "É o pai dele e vai estar sempre [presente]. O Oliver é muito bebé e neste momento está a 100% comigo. Mas está com o pai diariamente. O Diogo está com ele em minha casa e leva-o para casa dele. Estamos a criar uma dinâmica para que seja o melhor para o nosso filho, que é o mais importante. Obviamente, é o pai do meu filho e vai ser sempre", destacou, realçando que ambos estão a viver esta fase de uma forma "harmoniosa e com respeito".

Jessica e Diogo têm mostrado o menino nas redes sociais e ambos estão bem com essa opção. Ainda assim, a atriz não deixa de desabar: "Tenho mostrado até demais. Às vezes até me sinto mal"

"Agora é bebé e não sinto que haja algum problema, mas vai chegar uma altura em que começas a sentir que tens de acalmar essa exposição. Mas nós também não vivemos no Brasil... Quer dizer, o Ricardo Pereira mora e mostra os filhos sem problema nenhum... Tenho muitas amigas que não mostram os filhos e são completamente contra, e eu respeito isso. Mas sou uma pessoa de partilha, é mais forte do que eu. Eu e o Diogo estamos tranquilos com isso. Mas quando chegar a uma certa idade acho que aí tem que se ponderar e não é por uma questão de perigo, é mesmo por ele. Se ele quer ou não. Em bebé nenhuma fotografia que ponho o vai envergonhar", acrescentou.

Recentemente, Jessica revelou que um dos seus cães, Júlio, tinha sido submetido a uma cirurgia. Na referida publicação, a atriz mostrou-se emocionada por ter-se apercebido do facto de já terem passado muitos anos e de o amigo de quatro patas já estar "velho".

"Tem algumas questões que vão sendo resolvidas para ele ter qualidade de vida. Mas está velho e contra isso eu não posso lutar. Eu é que fiz uma paragem e estive em negação durante estes anos todos. Mas a vida muda muito e não há nada que me tenha preparado para isto, mesmo", partilhou.

Documentário - 'Waiting for Oliver'

Jessica decidiu mostrar de perto ao mundo a fase da gravidez, mesmo que não tenha sido a melhor, através do documentário 'Waiting for Oliver', em exclusivo para a Vogue Portugal. Sobre esta experiência, além de falar nas "muitas visualizações" que teve, Jessica confessa que "foi engraçado olhar para trás".

"Há coisas que eu agora vejo de uma maneira completamente diferente, como é óbvio, mas eu odiei estar grávida e ninguém me tirava daquela bolha de ter odiado, de me sentir mal. Foi um processo difícil, estava a passar por muitas coisas que as pessoas não estavam a par", referiu.

O documentário apenas contou com momentos "naturais" e o feedback, além de algumas críticas, foi positivo. Muitas mães e mulheres grávidas identificaram-se com a sua história. "Recebi muitas mensagens de mulheres a dizer: obrigada por estares a dizer que isto realmente é uma m****, eu também passo por isso", contou.

Mesmo tendo vivido uma gestação pouco agradável, hoje não podia estar mais grata pelo presente que a vida lhe deu, o pequeno Oliver, que é o seu amor maior.

"Odiei estar grávida durante nove meses e todos os dias peço desculpas ao meu filho, que é a melhor coisa do mundo. Estive três meses a chorar a olhar para ele e a pensar como é que fui tão infeliz. Sinto-me muito culpada. Não quer dizer que se algum dia voltar a ficar grávida não vá odiar estar grávida, mas pelo menos saberei o que é aí vem. Sei que é preciso percorrer aquele caminho para chegar [o bebé]. O Oli é o maior amor da minha vida".

Todas as decisões que toma hoje em dia são a pensar no filho. Na quinta-feira, por exemplo, para conseguir estar presente no evento deixou Oliver com a pessoa que a tem ajudado a nesta fase, Rosa. No entanto, caso o pai não estivesse a gravar, disse, estaria a tomar conta do bebé.

Regresso ao trabalho está para breve?

'A Herdeira', da TVI, foi o último projeto que a atriz fez em televisão. Em relação ao seu regresso ao pequeno ecrã, a atriz comentou: "Toda a gente diz que está quase, mas não há nenhuma confirmação. Não sei. Vou ser muito sincera, vou voltar quando tiver o papel certo. Sinto que saí de um ótimo papel na 'Herdeira', que me desafiou muito. Agora, para voltar a trabalhar preciso de um grande desafio, até para eu crescer enquanto atriz. Sinto que preciso disso e estou há muito tempo sem trabalhar, há mais de um ano. Foi uma gravidez e agora cinco meses da vida do Oliver".

Questionada sobre se aceitava hoje um papel principal de uma novela, de protagonista, ou se pensaria duas vezes, Jessica afirmou que "tudo se pondera com um filho". Para si, foi e é muito importante acompanhar o menino.

"Acho que seis meses ou três é muito pouco, mas isso sou eu", admitiu, referindo-se à licença de maternidade. "Tenho amigas que ao final de dois meses estão prontas para deixar os miúdos e ir à vida delas. Quem me dera até ser um bocadinho mais assim. Sou super apegada ainda. Tem de ser um grande desafio, um grande papel, não tem de ser protagonista, mas tem de me dar muita pica para eu estar disposta a perder certas coisas", realçou.

Apesar de estar a amar a maternidade, Athayde aconselha as amigas a não “terem pressa para ter filhos”. “Há muitas coisas que devemos fazer antes, mas sinto que fiz muitas. Viajei muito, ainda quando estava grávida, fiz ótimos papéis na TVI. Agora estou mais ponderada, mais calma".

Jessica Athayde e Diogo Amaral juntos no Natal

Este ano a atriz vai viver a quadra natalícia de uma maneira diferente, ao lado do pequeno Oliver, da restante família e do ex-companheiro. "Vai ser em família, cá [Portugal]. A minha família está toda cá, vai ser no dia 25. Vou a casa da minha mãe. O Diogo foi convidado para vir também. Nós somos modernos", confidenciou.

Visto que o filho ainda é pequeno, Jessica não fez planos para a Passagem de Ano, pois este ano o que mais quer é desfrutar desta fase e estar com o menino: "Não existem [planos]. O miúdo tem de dormir às 20h ou às 21h".

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