Prestes a completar 48 anos, Maria de Fátima Lopes, mais conhecida apenas por Fátima Lopes, deu uma entrevista exclusiva ao Fama ao Minuto. A conversa decorreu no seu gabinete na estação de Queluz de Baixo.
Sem maquilhagem, a apresentadora fez questão de se expor exatamente como é, assegurando que o passar de idade não a assusta e ignorando o que os outros possam pensar, até porque é avessa a 'movimentos manada'.
Afinal, "viemos para cá para ser elegantes ou felizes?", questiona.
Uma entrevista de vida que mostra o outro lado da mulher que entra em nossas casas, diariamente, há 23 anos.
Passou parte da sua infância em Moçambique. Ainda tem memórias dessa época?
São as memórias mais precisas da minha vida. O que me lembro com mais pormenor são esses três anos. Dos sítios, dos cheiros, das pessoas... Sempre fui uma criança muito livre.
Ao que é que se brincava em Moçambique?
Era culturalmente diferente. Embora nessa altura em Portugal não existisse muito, em Moçambique não existia nada. As crianças não tinham brinquedos, nem tinham onde os comprar, as coisas com que brincavam eram coisas que elas próprias faziam. Eu tinha uma bicicleta, portanto era uma privilegiada (tinha a levado de Portugal). Essencialmente brincávamos na rua. Aproveitei a minha infância e adolescência muito bem, não ficou nada por fazer. Tive a sorte de poder brincar muito na rua, tanto em Portugal como em Moçambique. Sempre fui uma criança muito livre.
E quando regressou a Portugal?
Se para lá senti [a diferença], para cá senti muito mais. A idade era outra, já tinha 11 anos – estava na pré adolescência - tinha uma perceção diferente. Quando vim, nós portugueses não eramos assim tão bem aceites. Embora a independência já tivesse acontecido há uns anos, ainda eramos rotulados de retornados. Em termos escolares senti-me bastante desenquadrada. Estava muito habituada à liberdade de Moçambique e ao não se valorizar coisas que na verdade não tinham nenhuma importância, como a imagem. Ali [Moçambique], as pessoas vestiam o que podiam, o que conseguiam. Aqui, já era uma sociedade muito agarrada ao parecer, ao que é que as pessoas tinham, ao que mostravam. Custou-me um bocadinho a ambientar-me.
Na questão da imagem, esses valores ficaram? Acompanharam-na até hoje?
Até hoje. Apresento-me como gosto de andar, não sou escrava da imagem. Prefiro ser e mostrar aquilo que sou. O que ponho em cima como cosmética, é isso mesmo, cosmética, não significa nada. E isso são valores que vêm não só da minha família, porque os meus pais são assim, mas também muito dos três anos que estive em Moçambique, onde aprendi a valorizar muito o pouco que se tinha. Talvez por isso seja uma pessoa tão pouco materialista. É importante, mas não é o mais importante. Sou uma pessoa com muita personalidade, não uma 'Maria vai com as outras'. Não embarco em 'movimentos manada', ou seja, o 'toda a gente' a mim não me diz nada.
E não sentiu um choque quando começou a trabalhar em televisão?
Não, por uma razão muito simples: sou uma pessoa com muita personalidade, não sou 'Maria vai com as outras'. Não embarco em 'movimentos manada', ou seja, o 'toda a gente' a mim não me diz nada. Se muitas figuras públicas são ligadas à questão da imagem e do parecer isto e aquilo. Sou a mesma pessoa dentro e fora do ecrã. Quem gosta gosta, quem não gosta põe à beira do prato.
E como reage quando não simpatiza com alguém na sua profissão?
Se não gosto de uma pessoa e tenho de trabalhar com ela, trabalho com a mesma entrega, com o mesmo profissionalismo, com o mesmo respeito. Mas faço sentir à pessoa que não gosto dela. Isso estabelece uma fronteira: ‘a tua fronteira é até ali, dali para cá não passas’. Não vamos ser amigos, ponto. Porque não gosto da energia, da vibração, dos valores da pessoa. Se uma destas três coisas não vai de acordo com as minhas, não forço. Não tenho de gostar de toda a gente, nem toda a gente tem de gostar de mim. Para mim é importante que o outro sinta. Não vale a pena forçar a intimidade, ela não vai acontecer.
Isso é algo que sente por instinto?
É a minha intuição que me diz. A primeira vez que olho para a pessoa vejo logo [como ela é] e raramente me engano. O meu marido até brinca comigo. Às vezes conhecemos uma pessoa qualquer e ele pergunta: ‘Então, qual foi a tua intuição’? A minha perceção diz-me como é que aquela pessoa é. Quando se trabalha a parte interior e se lida com muitas pessoas com o passar dos anos, aprendemos a ter uma antena muito apurada. E eu tenho uma antena muita apurada, porque lido com muitas pessoas há 23 anos.
Como é que trabalha essa parte mais espiritual?
Querendo e aprendendo. Tem de se crer primeiro. Tem de ser um objetivo, como outro qualquer. Faço cursos, seminários, frequento workshops. Comecei com uma pessoa há 21 anos. Aprendi muitas técnicas, gostei, nunca mais deixei de ir e de frequentar os cursos e de pôr em prática aquilo que me ensinava. Depois ela partiu, mas vou sempre lendo e procurando estar informada. Dois anos depois cruzei-me com outra pessoa em que a forma como ela explicava as coisas fazia sentido. Isto faz-se trabalhando, querendo ir cá dentro para nos conhecermos, para sermos melhores pessoas e para dar ferramentas às outras pessoas para também o serem. Há fases em que não sabemos qual é o caminho e isso aconteceu-me e vai acontecer mais vezes.
Mas também passou por fases mais complicadas?
Como toda a gente há fases em que não sabemos qual é o caminho e isso aconteceu-me e vai acontecer mais vezes, porque o ser humano é assim. Agora, quanto mais trabalhamos o nosso interior, mais rápido tomamos uma decisão de acordo com o que é melhor para nós. Eu faço um trabalho com uma coach há três anos regularmente. Sempre que sinto necessidade de ir aprender mais umas ferramentas vou aprender. Invisto muito no meu crescimento como pessoa. Talvez esse tenha sido o meu maior investimento. Uma coisa que aconselho e que também faço é escutar-me a mim, não a 40 pessoas à minha volta, porque cada um vai dar uma opinião de acordo com a sua vivência e com a sua cabeça. Não vai ajudar-nos a descobrir o que é melhor para nós, porque isso só nós é que sabemos. Temos de ter coragem de ouvir o nosso coração.
É fácil alguém perder-se no mundo da televisão quando se começa?
É muito fácil a pessoa tirar os pés da terra, deslumbrar-se. É muito fácil a pessoa achar que é um máximo, que é famosa. Ou nós temos a capacidade de nos puxar à terra, ou há alguém à nossa volta que puxa se não temos essa capacidade. Esse foi o meu caso. Nunca quis sentir-me mais do que os outros. Lembro-me do que a minha mãe me disse quando fui selecionada para ser apresentadora de televisão: lembra-te sempre de onde vieste e nunca deixes que suba à cabeça. E lembro-me sempre de onde vim: de origens humildes, tenho o maior orgulho nelas e a verdade é que nós viemos todos do mesmo sítio e vamos todos para o mesmo sítio. É muito fácil a pessoa achar que é um máximo, que é famosa.
Ser apresentadora sempre foi um desejo ou algo que lhe aconteceu?
Não era um desejo. Quando fui para comunicação social achava que ia ser jornalista. Depois, no segundo ano de faculdade, apaixonei-me pelo marketing e pela publicidade. Paixão que mantenho até hoje. Ainda trabalho com algumas empresas para dar parecer relativamente aos produtos que comercializam. Depois, tivemos as disciplinas de televisão e lembro-me de experimentar e pensar: ‘isto tinha graça à frente da câmara, mas não tinha imagem para isso’. E desliguei. Mas acho que ficou no meu inconsciente o facto de ter achado piada. E o universo é muito generoso, porque depois surgiu essa possibilidade no meu caminho sem fazer nada por isso.
Lembra-se desse momento?
Lembro-me quando fui chamada para fazer o casting, pelo dr. Emídio Rangel. Achei que era uma brincadeira, porque não tinha experiência nenhuma como apresentadora. E fazer um casting para substituir a Alexandra Lencastre com tanta gente o mercado que já sabia fazer televisão... Ele nem me deu hipótese, se bem que nessas coisas não viro a cara por medo. Posso ter de virar a cara por outra razão, por medo não. Tenho de ir lá experimentar, se não der não deu, mas pelo menos fico com a consciência de que experimentei. No dia 1 de novembro [1994] fui fazer o casting de manhã e à tarde estavam a ligar-me a dizer que tinha sido selecionada. Ainda acumulei esse primeiro formato que tinha com a empresa onde estava. Depois a SIC fez-me uma proposta e aí pensei: agora é que tenho de arriscar. Ou arrisco e este pode ser o meu último programa e depois vou à procura de outro trabalho, ou então fico. E quase 23 anos depois ainda aqui estou. No dia 1 de novembro [1994] fui fazer o casting de manhã e à tarde estavam-me a ligar a dizer que tinha sido selecionada.
Na página seguinte: Os desafios até ao sucesso e Fátima: Apresentadora, mãe, esposa... mulher
Os desafios até ao sucesso
Quais foram as maiores vitórias nestes 23 anos?
Ganhar no 'day time'. A competição é grande e porque é uma maratona diária. As pessoas não têm noção do que é fazer programas diários. Muitos dos apresentadores que fazem programas só à noite, não têm capacidade para fazer de dia.
Porque é que tão difícil?
São pilhas diárias para estudar. Sem teleponto e três horas a entrevistar pessoas. Eu o Manuel e a Cristina não usamos teleponto. Temos um método de trabalho muito parecido os três. É por isso que nos damos tão bem. Temos montanhas de informação para ler todos os dias. E no meu caso isto é assim há 23 anos.
Como se gere a emoção nas entrevistas?
Aprende-se. É preciso estar preparado para uma montanha russa de emoções e de conversas. E isso só com a prática, porque quando comecei não era assim como sou hoje. No princípio tinha mais dificuldade em fazer as passagens de umas coisas para as outras, em lidar com determinadas emoções, confissões, porque sempre fiz programas de testemunhos. Enquanto fiz as manhãs não, porque têm muitos temas. Há muita coisa misturada que nos dá uma prática extraordinária. Obriga-nos a ter uma grande flexibilidade. Posso acabar de entrevistar uma mãe que perdeu um filho e daqui a minutos estar numa rábula de humor. À tarde é diferente. É quase sempre de testemunhos na primeira pessoa, mas isso dá-nos uma capacidade de olharmos as pessoas nos olhos e de lhes entrar na alma que é notável. Venero estes horários que fazemos porque são muito exigentes. É uma maratona diária. Venero estes horários que fazemos porque são muito exigentes. É uma maratona diária.
Quais foram os momentos mais complicados de superar em direto?
Sempre os testemunhos que têm a ver com a perda de filhos. São sempre os mais complicados, porque são muito duros. Não há nada que se possa perguntar que diminua a dor daquela pessoa. Não há nada que se possa dizer que console aquela mãe, aquele pai. Já tive também outros temas complicados de lidar ali, mas quase sempre têm a ver com perdas, porque o ser humano não tem facilidade em lidar com as perdas, é normal. Mas quando são pessoas de grande proximidade, um pai, mãe ou filho é preciso pensar nas perguntas. Esse tipo de entrevistas costumo dizer que faço com pinças, para ter a certeza de que não digo nada que possa aumentar a dor daquela pessoa. Mas também são essas entrevistas que acabam por ser mais desafiantes, no sentido em que aquele ser humano quando sair de ao pé de mim, leve qualquer coisa de bom. Nem que seja o abraço que lhe dou no final.
Fátima: Apresentadora, mãe, esposa... mulher
Com uma agenda assim tão preenchida, como se organiza?
Acho que a organização tanto no trabalho como na família é muito importante e nós lá em casa organizamos-nos muito bem. Temos uma boa distribuição de tarefas, de responsabilidades, de cada um de acordo com os seus horários e as suas vidas. Conseguimos porque também não abrimos mão da nossa família. Ou seja, às vezes quando se vê exigência de todo o lado o melhor é ‘deixa andar’... não. A menos que a família não seja um projeto de vida. E no meu caso a minha família é o meu projeto de vida número um. A minha família é o meu projeto de vida número um.
É mais difícil ser mãe ou esposa?
Ser mãe, porque o grau de exigência é diferente. Ou seja, ser esposa tem obviamente uma grande complexidade, mas nós não estamos a ajudar a formar um ser humano. Ser mãe implica ajudar a formar uma personalidade, implica ajudar a descobrir caminho, ajudar a fazer escolhas. Uma mãe é muito exigente porque aquilo que fizermos por aquele filho ou filha vai ser fundamental para o seu caminho. Enquanto num casamento, com a outra pessoa já temos um adulto. Provavelmente também o vamos influenciar, mas não marcar como numa criança que está em formação.
Mas hoje não é cada vez mais difícil manter uma relação? Talvez por causa da exposição pública?
Acho que não é da fama, nem da pessoa. Circunstâncias várias. Diz-me a minha experiência que é um conjunto de coisas. Normalmente não é a fama que atrapalha, diria que é um terço dos casos. Em dois terços dos casos, das duas uma: ou as pessoas tomaram rumos completamente diferentes, ou uma tem um nível de exigência em termos de trabalho muitíssimo superior à outra e portanto uma nunca está e a outra está muito disponível. Ou seja, há ali muitos desencontros e desequilíbrios de tempo para investir na relação e isso depois traz desgaste.
Como é que uma figura pública lida com a reputação que tem?
Tem de se estar muito seguro de quem nós somos e dos valores que praticamos. Eu, por exemplo, sei a imagem que tenho. E não é por alguém de repente nas redes sociais dizer o oposto, que vou deixar que isso me belisque. As redes sociais infelizmente são também onde toda a gente vai purgar os seus sentimentos menos bons, a sua raiva e frustração. Portanto, o mais fácil é arremessar aquilo contra uma cara conhecida, porque não se pode dizer ao marido ou à mulher. As redes sociais funcionam como um escape para muita gente, não vou deixar que esse escape destrua a minha vida. Se a minha vida é construída com nexo, vou continuar o meu caminho. As pessoas são livres de dizerem aquilo que entenderem, desde que me respeitem. Mesmo quando não concordo respeito as pessoas. Não as piso. Normalmente afasto-me. As redes sociais funcionam como um escape para muita gente, não vou deixar que esse escape destrua a minha vida.
Se os seus filhos quisessem seguir a apresentação, a Fátima ficaria feliz?
Eu não ficaria feliz nem infeliz. Faria-lhes apenas uma pergunta que a minha mãe me fez a mim: ‘Achas que é isso que te vai fazer feliz?’ Se me disser que sim dou-lhe todo o apoio. Quando tirei Comunicação Social muita gente disse aos meus pais: "Vocês são doidos, ela está a tirar Comunicação Social, isso é um curso para o desemprego". Na altura não havia nada. Não havia televisões privadas, quase não havia jornais. O espectro da Comunicação Social era uma coisa muitíssima reduzida. As pessoas tentaram dissuadir os meus pais para que não deixassem que eu tirasse o curso, porque estaria condenada ao insucesso. Na altura, os meus pais disseram: "Se é isso que ela quer nós temos de a deixar seguir. Ela tem de seguir aquilo que sonha, porque se não segue agora vai sonhar quando?". E eu segui o meu curso e olhem no que deu... com os meus filhos vou fazer a mesma coisa. As pessoas tentaram dissuadir os meus pais para que eu não tirasse Comunicação Social, porque estaria condenada ao insucesso.
Que conselho que lhes daria?
Que procurem sempre o caminho que a eles lhes faz sentido e que entendam que os vai fazer felizes. Fenómeno manada não. Oiçam-se. Escutem-se. Vejam o que é que vocês querem, mesmo que todos os colegas digam vou apostar em A, porque A é que está a dar. Mas é a A que eles querem? Não, é a B, então vão para B. Porque quando temos a coragem de seguir aquilo que achamos que nos faz felizes, a vida presenteia-nos. Dá-nos aquilo que nós queremos. Quando nós vamos só porque os outros vão é tudo ao contrário.
Chegou a encontrar algumas dessas pessoas que disseram que estava condenada ao insucesso?
Então não... eram familiares. Obviamente [hoje] acham piada e devem ter-se lembrado muitas vezes do conselho que deram.
Na página seguinte: O futuro
O futuro
A Fátima está prestes a completar 48 anos. A ideia de envelhecer assusta-a?
Não, sou muito bem resolvida com isso. A maneira como me apresento nas entrevistas de cara lavada, com este ar cansado, com papos nos olhos, não me assusta nada.
Então não é daquelas pessoas que gostava de voltar a ter 18 anos?
Deus me livre! Nem pensar. É que não troco nenhuma idade para trás. Nem os 18, nem os 20, nem os 30. Nem os meus inícios de 40 eu troco, porque eu não sabia muitas das coisas que sei hoje. Hoje sou muito mais sábia a agir na minha vida. Sou muito mais feliz agora. Hoje sou muito mais sábia a agir na minha vida. Sou muito mais feliz agora.
Como é que mantém esse equilíbrio no seu estilo de vida?
O meu estilo de vida é exatamente aquele que eu partilho na minha plataforma digital. O ‘Simply Flow’ é o meu estilo de vida partilhado pelo público. Aliás, a ideia de o criar só veio quando eu começo a perceber que tenho um estilo de vida com uma série de hábitos e de práticas que são tão bons em termos de prevenção e de manutenção de saúde e de equilíbrio, que, como figura pública, tenho a obrigação de partilhar isto com o público. Sou aquela que está ali, aquilo não é um boneco. Já não consigo ter outro estilo de vida. Isto não cai do céu aos trambolhões.
Porque é que hoje se considera tão 'difícil' ser mulher?
Para já, hoje as mulheres são multi-tarefa. Têm muito mais tarefas em geral do que muitos homens, porque infelizmente nem em todos os lares há uma partilha equilibrada de tarefas. A mulher, além de ser profissional e de cumprir tudo o que tem a ver com o seu trabalho, tem os filhos, a casa... isto dá um desgaste muito grande. Tem de haver tempo para nós.
Depois, a sociedade hoje em dia criou padrões de estética que são uma verdadeira tortura. Toda a gente tem de ser elegante, bonito, tem de ter uma pele jovem, toda a gente tem de ser imaculada e impecável, por amor de Deus... isto é uma tirania! Porque é que temos de ser todos assim? Enquanto isto for vivido com uma espada na cabeça não vai resultar. Sou completamente contra esta sociedade que vive dependente da imagem e onde tudo tem de ser perfeito. Nós viemos cá para ser felizes, ou para ser elegantes? Ainda não percebi... Se conseguirmos ser felizes e termos uma saúde equilibrada e uma imagem com a qual consigamos conviver bem, perfeito! Sou completamente contra esta sociedade que vive dependente da imagem e onde tudo tem de ser perfeito. Nós viemos cá para ser felizes, ou para ser elegantes?
Como é que se imagina daqui a 20 anos?
Não me imagino, não faço esse tipo de exercício. Vivo o presente. Isto quando as pessoas vivem sempre com uma agulha apontada lá para a frente não vivem o presente. Antes era assim. Agora já não. Sou ansiosa q.b., como todo o ser humano. Não deixo é de viver hoje com a angústia do que vai acontecer amanhã.
Comentários