Morreu o ator José Lopes. Tinha 61 anos e terá sido encontrado dias depois, no local onde vivia. A notícia é avançada nas redes sociais, onde amigos e familiares partilham mensagens de pesar e apelam a donativos para que o artista tenha um funeral digno.
Entre as várias publicações que circulam pelas redes sociais é possível perceber que José Lopes vivia com dificuldades económicas. Motivo pelo qual é pedida "uma contribuição, de modo a realizarem-se as cerimónias fúnebres".
A mensagem foi publicada por José Oliveira e partilhada mais tarde pela atriz Ângela Pinto.
Também Rui Zink usou as suas redes sociais para lamentar a morte de José Lopes e dar conta das condições em que este vivia.
"E agora vem a notícia de que o Zé Lopes também já foi, encontrado no tugúrio onde morava por um amigo um par de dias depois de morrer. Agora há um pedido de donativos solidários para lhe pagar o enterro, e não escapa a muitos de nós que melhor teria sido tal ser feito em vida. Não o funeral, mas o donativo solidário, para viver. Para não ser enterrado em vida, precisamente", começa por lamentar o escritor.
"O Zé Lopes foi. Já cá não está. A última vez que o vi não tive a certeza de que era ele e, quando o pude ir procurar, tinha desaparecido.Agora desapareceu. Fica a memória, o algum remorso, a voz e a presença claras, de quando era um actor feliz. Se justiça houver, estará neste momento a receber aplausos, o melhor prémio para um actor. De dinheiro (o segundo melhor prémio para um actor) já não precisa. Apenas nós, para o seu funeral", pode ainda ler-se na publicação.
Outras das reações a esta perda é a da atriz Carla Vasconcelos, que tal como os restantes usou as redes sociais para se despedir do ator. "Morreu o José Lopes. Morreu um actor. Morreu sozinho numa tenda onde vivia, sem meios dignos para se sustentar. (...) Entretanto há recolha de donativos para se fazer um funeral, porque ele não tinha para a vida e não tem para a morte. De facto temos que ser corajosos para ser artistas nesta merda a que chamamos país e ainda manda o politicamente correcto que nele haja orgulho", lamentou.
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