Como e quando iniciou a sua carreira?

Tinha 12 anos quando entrei pela primeira vez na música, começando pelo fado. Em 1994, venci a Grande Noite do Fado. Depois comecei a pôr esse género musical de lado, para me dedicar à música pop romântica. Participei no programa televisivo Ídolos e fui um dos 24 finalistas. Acha que a sua participação nesse programa da TV valeu a pena?

Não sei se me abriu algumas portas, mas sei que me deu mais experiência como artista e isso também é importante. Naquela altura, propuseram-me alguns contratos musicais. Não aceitei, por não serem o que pretendia. Apesar de algumas adversidades, decidi nunca baixar os braços e lutei para ir à televisão cantar um tema da minha autoria.Como foi que isso aconteceu?

Bati a várias portas e consegui ir ao "Você na TV", da TVI. O produtor Nel Monteiro viu-me e convidou-me para gravar um trabalho. Fiz o álbum "Meu coração está de luto". Mesmo não tendo muito a ver com o meu estilo musical, tive de agarrar a oportunidade.Quando é que começou a dedicar-se ao seu estilo preferido?

Depois de algum tempo, sempre a batalhar, surgiu o contacto com a editora Espacial, que me propôs trabalhar com o Ricardo Landum que é, na minha opinião, o melhor produtor português. E assim cheguei ao meu grande sonho!Tem um passado ligado ao fado. Por que decidiu ser um cantor romântico, em vez de fadista?

Isso é uma pergunta um pouco complicada. Penso que foi o destino que assim quis. Comecei no fado por influência da minha avó, mas acabei por me identificar mais com o estilo romântico. Adoro uma boa balada.Custou muito gravar o seu primeiro álbum?

Foi muito complicado chegar até aqui. Tive de lutar muito. Por vezes, até chorei. Mas quando entrei no estúdio com o Ricardo Landum, as coisas fluíram naturalmente a partir de então. Senti-me a viver um sonho.Quais foram as maiores dificuldades que encontrou?

Ainda sou muito jovem e muita gente não me levou a sério. Além disso, não tinha dinheiro para investir na minha carreira e não conhecia as pessoas certas. Mas nunca quis desistir e o que fiz foi lutar contra tudo.Quais são as suas ambições?

Vou continuar a lutar como tenho lutado e continuar a trabalhar para o meu público, porque foi ele que me permitiu chegar até aqui. Fiquei muito contente por ter chegado em pouco tempo ao Disco de Ouro e por ter esgotado uma sala emblemática como a Aula Magna, em Lisboa.Assim como as músicas que canta, é um romântico?

Sou cem por cento romântico. Às vezes, até exagero...É comprometido?

Sou comprometido com as minhas fãs. Sei que é uma frase cliché, mas, na realidade, é para elas que trabalho, é com elas que falo diariamente, é nelas que penso o tempo todo.Está a ser muito assediado?

As minhas fãs respeitam-me imenso e são muito queridas. Temos uma relação saudável.O que acha da fama?

Sou uma pessoa muito simples, que luta diariamente para sobreviver, por isso não sei ao certo o que é a fama. Passei a ser reconhecido na rua, talvez seja isso, mas continuo a mesma pessoa de sempre e falo com toda a gente da mesma forma que falava antes. Quem se acha mais que os outros é ridículo, somos todos iguais e todos importantes. Acima de tudo, temos todos que ser respeitados pelo que somos: seres humanos!