A Polícia Metropolitana foi autorizada a acusar Harvey Weinstein de atentado pudor contra uma mulher, cuja identidade não foi revelada, em 1996, avança a Sky News.

"O Ministério Público da Coroa lembra a todos os interessados que o processo penal contra o arguido está ativo e que este tem direito a um julgamento justo", afirmou disse Rosemary Ainslie, chefe da divisão de crimes especiais deste organismo.

A Polícia Metropolitana alega que as acusações contra remontam para o período entre 31 de julho e 31 de agosto de 1996 e que a alegada vítima é uma mulher que atualmente tem cerca de 50 anos.

O produtor norte-americano, que está a cumprir uma pena de 23 anos por crimes sexuais, irá então enfrentar no Reino Unido duas acusações de agressão sexual.

O escândalo em torno de Weinstein causou agitação social e até política nos Estados Unidos, levando numerosas mulheres do mundo do espetáculo e da política a denunciar, desde 2017, casos de assédio e abuso sexual, inspirando o movimento #MeToo ('Eu Também').

O caso estalou na sequência de uma investigação do The New York Times, com o jornal a revelar testemunhos de diversas alegadas vítimas de conduta sexual inapropriada por parte do influente produtor.

Até à data já foram mais de 80 mulheres a acusar Weinstein de assédio e abusos sexuais.

O produtor de filmes como 'Pulp Fiction' ou 'A Paixão de Shakespeare', está agora preso em Los Angeles, aguardando outro julgamento por abuso sexual de mulheres no qual é acusado por 11 crimes.

Na semana passada, o ex-produtor perdeu também um recurso em Nova Iorque que poderia anular a sua condenação por violação e outros crimes sexuais resultantes de um processo judicial que começou no início de 2020.

[Notícia atualizada às 18h19]

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