Em Portugal pela primeira vez para apadrinhar a cerimónia de inauguração oficial da nova loja da marca de relógios suíça no número 192 da avenida da Liberdade, Omega, da qual é uma das embaixadoras globais, Cindy Crawford, modelo, atriz e empresária, assumiu estar rendida a Lisboa. "Já tinha ouvido falar muito da cidade. Cheguei na passada segunda-feira e ainda vou ficar mais um dia", revelou aos jornalistas.
Ontem, visitou o mosteiro dos Jerónimos e a fábrica dos pastéis de Belém, passeou pelo castelo de São Jorge e ainda deu um salto ao Panteão Nacional. "Tem sido fantástico. Eu vivo em Malibu, onde o último inverno foi muito chuvoso. Sair do avião e ver que estava bom tempo, foi espetacular", admitiu Cindy Crawford. "Eu, com sol, gosto de todas as cidades", confidencia. "Amanhã, vou a Sintra e a Cascais", anunciou.
Em Portugal para promover a luxuosa marca fundada por Louis Brandt em La Chaux-de-Fonds, na Suíça, em 1848, a modelo falou da paixão que tem por relógios. "Já estou casada com a Omega há mais tempo do que estou casada com o meu marido e nunca brigámos", afirmou, entre risos. "No início da minha carreira, fui fotografada com um relógio deles para um cartaz promocional. Como gostaram do resultado, depois convidaram-me para um evento mas o meu primeiro relógio foi um Swatch", revelou a mãe dos manequins Kaia Gerber e Presley Gerber.
Os seus preferidos são, no entanto, os da Omega Constellation, a linha que ajudou a modernizar a convite da marca. "Sinto que também me pertencem um pouco", desabafa. "A parte boa de trabalhar com a Omega é que tenho mais do que um relógio deles", assume a modelo, que se habituou a controlar o passar do tempo olhando para o pulso. "Todos os meus amigos vos confirmariam que sou muito pontual", garante.
"A única altura em que tive maior dificuldade em sê-lo foi quando os meus filhos eram pequenos", assegura. "Sou muito organizada. Gosto de estar ocupada mas faço planos e sigo-os", afirma a antiga supermodelo que, apesar da fama e do estatuto, desvaloriza a imagem que possam ter dela. "Eu não me vejo como um ícone de estilo. O Karl Lagerfeld e o Azzedine Alaïa é que eram ícones de estilo", considera Cindy Crawford.
"Eu cresci numa pequena cidade dos EUA [DeKalb no Illinois] e nunca pensei muito na moda. Só quando fui trabalhar como modelo para Nova Iorque é que fui confrontada com esta indústria", explicou à imprensa. Foi nessa altura, numa fase em que ainda se procurava afirmar, que tirou algumas das fotografias mais icónicas dos seus primeiros anos de carreira, que pode ver na galeria de imagens que se segue.
De ascendência alemã, inglesa e francesa, Cindy Crawford aponta a mãe, Jennifer Sue Crawford-Moluf, como a mulher que mais a inspirou ao longo da carreira. "Ainda tenho os meus pais e uma das minhas avós. A melhor coisa que podemos dar a uma criança é amor incondicional e eu recebi-o dos meus pais", desabafa. Apesar da longevidade familiar, o passar dos anos é um problema que a aflige.
"Sim, envelhecer assusta-me. Vivemos num mundo que está muito centrado na juventude. Fazer 50 anos não foi algo por que ansiasse muito", confidencia. "Depois, aconteceu e percebemos que, apesar das coisas mudarem, continuamos a ser nós. Por muitos sumos verdes que bebamos e por muito exercício que façamos, envelhecemos na mesma. No meu caso, a genética também ajuda", diz Cindy Crawford.
Comentários