A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) defendeu hoje que a digitalização de provas e exames deve ser preparada com as escolas e as famílias, por forma a não deixar ninguém de fora.
O parlamento vai discutir na quarta-feira sete diplomas que preveem a redução do número de alunos por turma e mudanças nos exames e provas finais deste ano, medidas que os proponentes consideram urgentes devido à pandemia de covid-19.
Os exames nacionais foram adiados para julho e setembro e as provas de aferição de Educação Física e Expressões Artísticas foram canceladas, anunciou hoje o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Os professores vão voltar a contabilizar, na classificação dos próximos exames nacionais, apenas as respostas às perguntas obrigatórias e àquelas em que o aluno tenha melhor pontuação, à semelhança das normas excecionais aplicadas no ano passado.
As médias dos exames nacionais da 2.ª fase foram mais baixas em relação à 1ª fase em todas as disciplinas, com apenas uma exceção, segundo dados oficiais hoje divulgados.
A primeira fase dos exames nacionais termina hoje com a prova de Literatura Portuguesa às 9:30, que encerra cerca de duas semanas e meia de provas, adiadas devido à pandemia da covid-19.
A primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário começa hoje às 9:30 com a prova de Português para os alunos do 12.º ano, num processo que envolve mais de 150 mil estudantes inscritos para as provas deste mês.
Cerca 20 estudantes do ensino secundário manifestaram-se hoje em frente à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, no Porto, em protesto contra os exames nacionais, usando máscaras e cumprindo as distâncias sociais recomendadas para combater a COVID-19.
A 1.ª fase dos exames nacionais vai avaliar 151.530 alunos, inscritos em 254.865 provas, menos quase 90 mil em relação ao ano anterior, devido às novas regras introduzidas por causa da pandemia.
O ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues garante que haverá processos disciplinares sempre que se justifique. Auditorias pretendem detetar possíveis casos de inflação de notas no Ensino Secundário.
Os alunos que regressem ao regime de aulas presenciais devem ser organizados por grupos para se cruzarem o menos possível no espaço escolar, usar sempre máscaras e desinfetar as mãos à entrada e saída da escola.
O presidente do CDS-PP criticou hoje que os exames nacionais do ensino secundário não alterem as notas dos alunos, considerando que isso é uma “tremenda injustiça”, e pedindo que se mantenha o sistema que vigorou até aqui.
Veja em baixo um resumo das medidas anunciadas esta quinta-feira pelo Governo de António Costa para responder aos efeitos da pandemia da COVID-19 no ensino básico e secundário.
Estudantes do ensino secundário lançaram uma petição a pedir a suspensão dos exames nacionais e que as notas do final do ano sejam as do 2.º período, devido à pandemia de covid-19 que obrigou ao encerramento das escolas.
Os alunos dos ensinos básico e secundário vão ter mais tempo para se inscrever nas provas finais e exames nacionais, depois de o Ministério da Educação alargar os prazos, e podem fazê-lo a partir de casa.
Um grupo de alunos manifestou-se hoje frente à Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas, no Porto, para sensibilizar a opinião pública e o Governo para a falta de funcionários, a sobrecarga horária e pelo fim dos exames nacionais.