
"É a primeira vez que esta estirpe do vírus da Zika, responsável pelas epidemias relacionadas com problemas neurológicos e microcefalia foi detetada em África", disse Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para África, numa conferência de imprensa em Genebra.
A estirpe que circula pela América Latina é a versão asiática do Zika e foi detetada graças à sequenciação genética do vírus a partir de casos clínicos de Cabo Verde.
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"Os resultados são preocupantes porque são mais uma prova de que a epidemia se propagou para além da América do Sul e se encontra já às portas de África", acrescentou Moeti.
"Esta informação ajudará os países africanos a reavaliar so eu nível de risco e a adaptar sua preparação", afirmou.
A OMS acredita que a estirpe asiática do vírus chegou a Cabo Verde "através de um viajante", acrescentou Moeti.
Bruce Aylward, diretor-geral adjunto da OMS, refere que também existe uma estirpe africana do vírus Zika, e que é difícil de prever o que poderá acontecer com dois surtos.
Em Cabo Verde foram detetados, até 8 de maio, 7.557 casos suspeitos de Zika e três casos de microcefalia.
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