
"Identificámos fugas de dióxido de carbono acima do limite máximo admissível", começa por explicar a DECO em comunicado. Segundo a organização, um dos modelos testados não apresenta sequer o símbolo de marcação CE, apesar de estar à venda em território português.
"Levámos 11 novos esquentadores para o laboratório – quatro atmosféricos de exaustão natural e sete ventilados – e seis não passaram no crivo da segurança definido pela norma harmonizada EN 26. Esta é a norma habitualmente utilizada para aferir o cumprimento dos requisitos essenciais de segurança definidos na legislação aplicável aos aparelhos de aquecimento de água que funcionam a gás", refere a DECO.
"Os nossos testes revelam que estes modelos libertaram gases queimados para a divisão onde estão instalados, gases esses que – ditam as regras de segurança - deveriam sair apenas pela chaminé e ser expelidos para o exterior da habitação. Segundo as medições em laboratório, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) libertada provocou um aumento da concentração deste gás junto aos aparelhos superior aos valores máximos admissíveis pela norma", acrescenta ainda.
Veja ainda: 10 coisas perigosas que põe no lixo (e não devia)
Saiba mais: Os 10 sítios da cozinha com mais germes
Face a estes resultados, a DECO procurou reunir com as marcas no sentido de encontrar soluções para os consumidores. "Até à data de publicação deste artigo, só a Vaillant se mostrou disponível para dialogar connosco. Logo que seja possível, daremos eco das soluções apresentadas. Das restantes marcas ainda não obtivemos resposta", lê-se na nota da DECO.
A organização notificou entretanto as autoridades competentes, nomeadamente a ASAE, das conclusões deste estudo. Os modelos afetados são: FAGOR FEP-11 DL N; THERMIKET GSC TK-CLA10PRE-GLP; FAGOR FEC-11 TF DL N; VAILLANT atmoMAG plus PT 11-4/0 E H; EDESA AQUALUX-11TFN; EDESA AQUALUX-11 PN.
Fugas acima do limite aceitável
A norma harmonizada aplicável aos esquentadores atmosféricos de exaustão natural e aos esquentadores ventilados (EN 26) determina que o aumento da concentração de CO2 nos testes de estanquidade não pode ser superior a 0,2 por cento. Nos seis modelos reprovados, a DECO detetou aumentos de concentração de CO2 entre 0,37% e 0,95% (esquentadores atmosféricos) e entre 1,10% e 1,70% (ventilados).
Comentários