Embora o número de médicos tenha crescido nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e também o número de técnicos superiores tenham aumentado, a corrida às reformas cresceu 60%.

Os médicos são o segundo grupo profissional mais representado, escreve a edição desta terça-feira do jornal Público.

Os dados são do Balanço Social Global do Ministério da Saúde (2014) divulgado na segunda-feira.

No total, refere o documento, no ano passado aposentaram-se 1275 assistentes operacionais, 815 assistentes técnicos, 712 médicos e 671 enfermeiros. Um aumento de 60%, que aconteceu devido ao aumento da idade da reforma para os 66 anos, o que "funcionou como um incentivo à aposentação com mecanismos de antecipação".

O documento inclui dados de 64 entidades do SNS (hospitais, centros de saúde, organismos centrais e regionais) mais três entidades do inventário de pessoal.

No total, o Ministério da Saúde soma 124.260 trabalhadores, menos 163 do que no ano anterior.Os médicos (26.645) eram então mais de um quinto do total de trabalhadores do SNS.

Analisando as remunerações, destaca-se que a maior parte dos funcionários (67,2%) não foi abrangida "por qualquer corte salarial” porque ganha menos de 1500 euros por mês. Cerca de 18% recebem mais de 2 mil euros por mês e, neste subgrupo, 1,1% auferem mais de 6 mil euros mensais.