Na comissão parlamentar de Saúde, o ministro Adalberto Campos Fernandes repetiu a imagem de que hoje chegam aos hospitais públicos pessoas com 70 anos que vão acompanhar os seus pais às urgências, uma realidade que não ocorria há 30 anos.

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O ministro considerou que a atual lei de bases da saúde está efetivamente desajustada e datada, defendendo um debate em que o envelhecimento seja uma prioridade, bem como a relação entre a saúde e a segurança social.

Campos Fernandes disse que o Governo pretende uma lei de bases que prepare o país pelo menos para a próxima década e que aponte caminhos para organizar e responder à “transição demográfica”.

O ministro reconhece que é quase um truísmo com 30 anos dizer que a saúde precisa de mais financiamento, mas indica que o debate sobre a lei de bases da saúde não se esgota em “mais hospitais, mais urgências e mais profissionais”.

Visão estratégica

Para o ministro é fulcral encarar o envelhecimento da população e criar uma visão estratégica entre a saúde e a segurança social.

A questão das parcerias público-privadas deve, segundo Campos Fernandes, integrar a discussão da lei de bases, de forma a que se debatam os diferentes modelos de governação.

“Os hospitais geridos em regime de PPP integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), não são corpos estranhos que estão fora do sistema público”, afirmou na comissão parlamentar de Saúde.

O governante considera ainda que “será impossível conceber que um Estado como o português” conseguiria responder às necessidades dos cidadãos “usando apenas recursos estritamente públicos” e abdicando, por exemplo, da colaboração nomeadamente com o setor social.