Originalmente composta por cerca de 8.500 cérebros, a coleção reunida pelo neuropatologista britânico John Corsellis entre 1951 e meados dos anos 1990, esteve prestes a desaparecer, devido à pressão urbanística em Londres.

Hoje, o tesouro do Hospital Psiquiátrico de Duffel é composto por cerca de 3000 lobos frontais, hipocampos e outras áreas-chave deste importante órgão do sistema nervoso humano e cérebros inteiros banhados em formol, ou em parafina.

Estes cérebros estão a ser utilizados em estudos, principalmente sobre depressão e esquizofrenia. Cada um deles tem de um registo médico com o histórico do paciente até à sua morte.

"Atualmente, é muito difícil obter tecidos. Estudamos o funcionamento do cérebro graças, principalmente, a amostras de sangue. Agora [com esta coleção] podemos ter acesso direto", afirma o diretor de Investigação do Hospital de Duffel, Manuel Morrens

Na época do doutor Corsellis, falecido em 1994, as considerações éticas mais flexíveis provavelmente facilitavam formar este tipo de coleção. Uma das principais vantagens de trabalhar com cérebros dessa época é que muitos deles não foram afetados por tratamentos médicos, que ainda não existiam naquela altura.