Investigadora portuguesa cria pictogramas para combater erros ao tomar medicamentos
Benedita Camacho, investigadora e professora universitária créditos: DR

A inovação destina-se a ajudar públicos susceptíveis de cometerem erros na toma de medicamentos, como iletrados, idosos, disléxicos, pessoas sob múltiplas terapêuticas ou turistas desconhecedores da língua local. No entanto, qualquer pessoa pode ter dificuldades na hora de tomar os medicamentos.

"Simplesmente porque não conseguimos ler sueco ou russo ou porque estamos cheios de pressa, baralhamos as várias instruções na hora das tomas ou ainda porque cometemos muitas vezes erros básicos sem darmos por isso", começa por explicar a investigadora Benedita Camacho, da Universidade de Aveiro (UA).

Por isso, o "PictoPharma" permite uma interpretação imediata, maior rapidez de leitura visual, evita erros e dá destaque à posologia. O "PictoPharma é um sistema inovador de pictogramas farmacêuticos, sobre os perigos, precauções e informações do medicamento que se destina a um vasto mercado que não oferece qualquer resposta idêntica", acrescenta a responsável.

O sistema de pictogramas foi desenvolvido na tese de doutoramento de Benedita Camacho, sob orientação de João Mota, Professor do Departamento de Comunicação e Arte da UA, e João Rui Pita, Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

Os pictogramas criados representam mensagens importantes como “Não conduzir”, “Agitar antes de usar”, “Tomar em jejum” ou “Tomar duas vezes ao dia de 12 em 12horas”.

Em 2016, o projeto valeu o 2.° prémio do Concurso Nacional de Ideias Inovadoras baseadas na formação e no conhecimento científico - "Born from knowledge" -, uma iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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