A incidência acumulada a sete dias, que tem registado números recordes há 12 dias, atingiu um novo pico, com 340,7 novas infeções de coronavírus por 100.000 habitantes, perante 336,9 na quinta-feira e 263,7 há uma semana atrás. Há um mês o valor não ultrapassava os 75,1.
As autoridades de saúde relataram 52.970 novas infeções em 24 horas e 201 óbitos com ou de covid-19, enquanto os casos ativos chegaram aos 561.400.
O governo federal e os “Länder” acordaram na quinta-feira limitar a taxa de hospitalização a partir da qual serão introduzidas restrições graduais e regionais, como afirmou a chanceler em exercício, Angela Merkel.
Assim, onde a taxa de internação ultrapassar 3/100.000 habitantes em sete dias, apenas as pessoas vacinadas ou recuperadas terão acesso a bares, restaurantes e outros espaços públicos fechados e eventos.
Se o índice chegar a 6, os imunizados também devem apresentar teste negativo e, se ultrapassado o limiar de 9, pode decidir-se o encerramento da vida pública.
A taxa acumulada de novos casos em sete dias na Alemanha atualmente é de 5,30, com grandes diferenças regionais.
Atualmente, todos os estados federais excedem o limite de 3, com exceção de Hamburgo, Baixa Saxónia, Schleswig-Holstein e Sarre; Bavária excede os 6 e Saxónia-Anhalt e Turíngia os 9.
Enquanto isso, a ocupação nos cuidados intensivos é de 15,2% das camas disponíveis para a população adulta.
No encontro de líderes regionais com Merkel e seu provável sucessor, o social-democrata Olaf Scholz, os responsáveis concordaram com a vacinação obrigatória para profissionais que estão em contacto com pessoas vulneráveis.
Entretanto, o Bundestag (câmara baixa) aprovou na quinta-feira, com os votos dos sociais-democratas, verdes e liberais, o novo quadro jurídico preparado por esta coligação ainda em formação para combater a pandemia e cuja ratificação, hoje, na câmara alta, ameaça bloquear os conservadores.
Os deputados deram luz verde a medidas como a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação ou teste negativo no dia de regresso ao trabalho e nos transportes públicos, além de recomendar o teletrabalho.
Com a reforma da lei de proteção contra as doenças infecciosas pretendem substituir a chamada situação epidémica de âmbito nacional, que permite introduzir restrições sem a aprovação dos parlamentos e que caducará no próximo dia 25.
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