No Alentejo, a adesão à greve nas unidades públicas de saúde situa-se, em média, "entre 90% e 100%", disse à agência Lusa Vítor Hugo Rego, dirigente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica.

Na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, que gere o hospital de Beja e os centros de saúde de 13 dos 14 concelhos do distrito de Beja (a exceção é Odemira), a adesão à greve situa-se "entre 95% e 100%", indicou o sindicalista, referindo que o mesmo acontece no Hospital do Espírito Santo e nos centros de saúde do distrito de Évora.

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A adesão à greve nos serviços de exames de radiologia e cardiologia, análises clínicas, farmácia, audiometria e terapia da fala é de 100% nos hospitais de Beja e Évora, onde "só estão a ser assegurados serviços mínimos".

Fisioterapia entre os serviços mais afetados

Nos hospitais de Beja e Évora, também é de 100% a adesão à greve nos serviços de fisioterapia, que "estão completamente encerrados", porque não há a obrigatoriedade de assegurar serviços mínimos.

Nos hospitais de Beja e Évora, exames de radiologia [TAC, ecografia e RX] e análises de rotina foram cancelados, tendo "as cirurgias de ambulatório que dependam do apoio de análises e exames de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica sido canceladas e adiadas".

No hospital de Beja, "a farmácia apenas está a assegurar a medicação para doentes oncológicos e internados e pouco mais", disse.

Na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, que gere os hospitais de Portalegre e de Elvas e os centros de saúde do distrito de Portalegre, a adesão à greve situa-se também "entre 90 e 100%".

No hospital de Portalegre, a adesão dos serviços de análises clínicas e de radiologia é de 100% e "só estão a ser assegurados serviços mínimos".

O serviço de radiologia do hospital de Elvas é "o único" de uma unidade de saúde pública no Alentejo onde se regista "uma baixa adesão" à greve, de "30%".

Na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, que gere o hospital de Santiago do Cacém e os centros de saúde dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, a adesão situa-se "entre 90% e 100%".

No hospital de Santiago do Cacém, a adesão nos serviços de análises clínicas, exames de cardiologia e farmácia é de 100% e "só estão a ser assegurados serviços mínimos", disse, referindo que o serviço de radiologia está a funcionar normalmente, porque está concessionado a uma entidade privada.

A greve nacional de hoje foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das áreas de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos e pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica.

Através da greve, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica protestam contra o encerramento das negociações com o Governo sem acordo na tabela salarial, nas transições, na contabilização do tempo de serviço, no sistema de avaliação de desempenho e na abertura de concursos e exigem a reabertura das negociações e o descongelamento de escalões.

Além da greve, está marcada para hoje, às 16:30, junto à Assembleia da República, uma concentração de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, que depois seguirão em marcha para uma vigília junto à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa.