A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) manifestou na quarta-feira (24/08) a sua oposição à criação de mais Unidades Locais de Saúde (ULS) e acusou o governo de não apresentar medidas concretas a nível do desenvolvimento da reforma dos cuidados de saúde primários.

"As medidas concretas a nível do desenvolvimento da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) continuam a não existir e começam, inclusive, a surgir insistentes rumores sobre a preparação de um projeto visando generalizar a criação de ULS em todo o país", lê-se num comunicado.

A FNAM é contra as ULS por considerar que a criação destas "visou o objetivo fundamental de estender aos cuidados de saúde primários a mesma lógica de gestão empresarial aplicada aos hospitais".

"As atuais ULS existentes não permitiram qualquer contributo para o desenvolvimento da acessibilidade aos cuidados de saúde nem se traduziram em qualquer melhoria efetiva da articulação dos níveis prestadores dos cuidados", prossegue a FNAM.

Esta organização sindical considera que, a confirmar-se, a opção pela generalização das ULS "será um passo decisivo para liquidar todo o processo de reforma dos cuidados de saúde primários".

Com Lusa