Alemanha, França, Itália, Polónia, Roménia, Suíça e Ucrânia foram os países onde se detetaram casos, de acordo com um comunicado divulgado esta semana pela OMS.

O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.

A diretora regional europeia da OMS, Zsuzsanna Jakab, considerou que esta situação é preocupante “já que o continente europeu registou avanços nos últimos dois anos para eliminar o sarampo”. A transmissão do vírus já foi interrompida em dois terços dos 53 países da região europeia, mas continua endémica em 14 países.

Em todo o mundo, quase 400 crianças morrem diariamente de sarampo no mundo, apesar de a vacinação ter permitido reduzir o número de mortes em 79% nos últimos 15 anos, segundo um relatório da UNICEF.

O sarampo, uma doença viral altamente contagiosa que se transmite por contacto direto e pelo ar, é uma das principais causas de morte entre as crianças pequenas a nível mundial, mas é evitável com duas doses de uma vacina segura e eficaz. No entanto, surtos da doença em vários países, provocados por falhas na imunização de rotina e em campanhas de vacinação, continuam a ser um problema: só em 2015 registaram-se surtos no Egito, Etiópia, Alemanha, Quirguistão e na Mongólia.

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Mais casos 

De acordo com a OMS, a Itália e a Roménia são os países que mais concentram casos da doença, sendo que a maioria está em áreas com baixa cobertura de imunização. Só na Roménia, foram registados mais de três mil casos desde 2016, com 17 mortes.

Em Portugal, a OMS reconheceu oficialmente a eliminação do vírus do sarampo no verão do ano passo, tendo feito o mesmo para a rubéola.Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.

A Direção-geral da Saúde (DGS) tem aconselhado a vacina a todas as pessoas que vão viajar ou participar em eventos internacionais. As vacinas são dadas gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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