Contudo, em declarações à Lusa, fonte do conselho de administração do hospital afirmou que, embora os enfermeiros tivessem assinado um contrato por seis meses, foi já solicitado ao Ministério da Saúde a sua readmissão.

O CHVNG/Espinho “já iniciou o processo de reconversão contratual dos 37 enfermeiros contratados ao abrigo do Plano de Contingência - Módulo Inverno, aguardando uma solução rápida para esta situação", referiu. Em declarações à Lusa, Fátima Monteiro, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), explicou que “os contratos a prazo destes 37 enfermeiros, terminaram no final de abril, ou seja, no passado domingo”.

Fátima Monteiro disse que enviou uma carta à administração do CHVNG/E solicitando informações sobre “as medidas que irão ser tomadas para fazer face a esta situação” mas “ainda não recebeu nenhum esclarecimento oficial”.

Na carta, com data de 02 de maio, terça-feira, a que a Lusa teve acesso, a dirigente sindical salienta que “independentemente da designação que se entendeu dar aos referidos contratos, o certo é que os mesmos, como é fácil perceber, tinham como objetivo fazer face a necessidades permanentes desse centro hospitalar e não, portanto, a necessidades transitórias que permitissem, nos termos legais, o recurso à contratação a termo”.

De acordo com o sindicato, “ é sobejamente conhecida a carência de enfermeiros no CHVNG/E. Ora, se para o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses já não é aceitável o recurso a vínculos precários para dar resposta a necessidades permanentes dos serviços, a não renovação dos contratos em causa é inadmissível”. “Não é, note-se, apenas a sorte desses 37 enfermeiros, contratados de forma precária para fazer face a necessidades permanente, que está em causa, é, também, a de todos os restantes enfermeiros em funções nesse centro hospitalar que, já sobrecarregados de trabalho, se vêm agora confrontados com a necessidade de suprir a falta dos contratados, em regime precário, que empurraram para o desemprego”, acrescenta.

A dirigente sindical lembrou o compromisso do Ministério da Saúde de regularizar e renovar todos os contratos, desde que devidamente fundamentados pelos conselhos de administração. “Em todas as reuniões no Ministério da Saúde, e na de 22 de março com o ministro Adalberto Campos Fernandes, foi reafirmado por este que todos os pedidos de contratação seriam autorizados. Mais, foi afirmado que todos os enfermeiros contratados ao abrigo do plano de contingência da gripe, desde que necessários, os contratos seriam renovados ou convertidos em contratos por tempo indeterminado”, disse.

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