s médicos e os enfermeiros apelam a que os portugueses se envolvam na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lembrando a importância que o serviço tem tido na melhoria da qualidade de vida dos portugueses.
Num comunicado, a propósito do Dia do SNS, que hoje se assinala, a Ordem dos Enfermeiros destaca as “mais valias que o SNS trouxe à saúde dos cidadãos” ao longo de 32 anos.
Redução da taxa de mortalidade infantil, aumento da esperança de vida à nascença e diminuição de doenças por via da vacinação são alguns dos exemplos destacados pelos enfermeiros.
“Tudo isto se conseguiu no país europeu onde menos se gasta no setor da saúde e onde os cidadãos mais contribuem com a sua despesa”, refere a nota.
“Perante medidas políticas que o possam colocar em causa, é igualmente necessário estarmos bem cientes de que os prejuízos serão imensos – e para todos. Cabe a todos e a cada um de nós desenvolver ações que conduzam à preservação do SNS como o conhecemos”, acrescentam os enfermeiros.
Também o bastonário da Ordem dos Médicos vincou que Portugal tem um sistema de saúde equilibrado que não deve ser colocado em causa.
“O SNS permitiu que Portugal tivesse das melhores estatísticas de saúde do mundo com baixo custo, porque somos dos países da Europa que menos gastam em termos absolutos per capita em saúde e em que os cidadãos mais contribuem para as suas despesas”, afirmou o bastonário José Manuel Silva, em declarações à agência Lusa.
Apesar de compreender que é necessário lutar pela sustentabilidade financeira do país, o representante dos médicos diz que em saúde só se poupa com uma aposta na qualidade: “Um cidadão doente é um cidadão que dá mais despesa”.
“Temos de corrigir a cultura de governação de Portugal, apostando no que é bom. O SNS é um serviço quase de excelência. Apostar na sua preservação é um investimento económico para o país”, frisou.
O médico defende ainda que não é pondo em causa o SNS que Portugal se conseguirá equilibrar financeiramente, lamentando também que os “múltiplos governo e políticos” não sejam verdadeiramente responsabilizados pela situação de “bancarrota” a que o país chegou.
15 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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