“Considerando o aumento do número de casos de sarampo notificados na Europa desde 2016 e a ocorrência de atividade epidémica em Portugal em 2017, é importante reforçar a vacinação contra o sarampo de crianças e adultos que não cumpram as recomendações do Programa Nacional de Vacinação (PNV) 2017”, refere uma norma da DGS, que entra hoje em vigor.

Para esta campanha foi adquirida, este ano, uma Reserva Estratégica Nacional de 200.000 doses adicionais de vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR), adianta a norma publicada no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde.

A DGS adianta que estas vacinas têm diferentes prazos de validade (março 2018 a janeiro 2019) e que “os lotes com menor prazo de validade devem ser utilizados prioritariamente”, incluindo no âmbito do Plano Nacional de Vacinação.

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A população-alvo desta campanha é “pessoas sem história credível de sarampo” com menos de 18 anos, profissionais de saúde, independentemente da idade, adultos nascidos a partir de 1970. O esquema vacinal recomendado no Plano Nacional de Vacinação é de uma dose para as crianças entre um e quatro anos, duas doses para as crianças entre cinco e 17 anos.

Para os profissionais de saúde que contactam com doentes, sem história credível de sarampo, independentemente da idade, é recomendada uma dose, bem como para os adultos (nascidos a partir de 1970) não vacinados contra o sarampo e sem história credível da doença.

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Como “estratégias de repescagem”, a DGD definiu “atividades adicionais de vacinação nas bolsas de suscetíveis que foram identificadas na última avaliação do PNV, caso persistam”.

Vão ainda ser convocados os menores de 18 anos, nomeadamente, os que têm entre um e quatro anos e não estão vacinados.

Entre os cinco e os 17 anos, serão convocados os não vacinados e os vacinados com uma dose, refere a Direção-Geral da Saúde.

Faz também parte da “estratégia de repescagem” a “convocatória e avaliação do estado vacinal de todos os profissionais de saúde que contactam com doentes (pelos Serviços de Saúde Ocupacional e/ou Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos)”. Serão também chamados os adultos nascidos após 1970, não vacinados, com prioridade para os que têm entre os 18 e os 47 de idades.

A DGS informa que “nas unidades de saúde onde, durante um período de tempo, não for possível fazer as convocatórias (processo de transição do sistema SINUS para o novo sistema “Vacinas”) devem aproveitar-se todas as oportunidades de vacinação e de divulgação da campanha, incluindo junto dos estabelecimentos de educação e ensino”.

Como estratégias adicionais, a DGS recomenda divulgar a campanha de vacinação, especialmente a relativa aos adultos, através de meios de comunicação, internos e externos. A campanha terá uma avaliação intercalar em 30 de setembro. Trinta e um casos de sarampo foram confirmados este ano em Portugal, tendo a Direção-Geral da Saúde (DGS), recebido 158 notificações desde 01 de janeiro, segundo os últimos dados daquela entidade divulgados em 06 de junho.