Carlos Ferreira, diretor executivo do ACES Lezíria, afirmou que o primeiro lote de 102 vacinas recebido vai ser administrado na próxima segunda-feira, dia 15, na Casa do Campino, a utentes das cinco unidades de saúde familiar do concelho de Santarém que têm mais de 80 anos.
Por outro lado, na sexta-feira, dia 12, também na Casa do Campino, começam a ser vacinados 160 elementos das corporações de bombeiros que ainda não receberam a vacina (ficando excluídos, nesta fase, os que estão infetados com o novo coronavírus), estando agendada para terça-feira, dia 16, a primeira inoculação a mais 145 bombeiros.
Os elementos das corporações de bombeiros vão receber a vacina da Astrazeneca, que implica uma segunda dose passados 28 dias (ao invés dos 21 dias da Pfizer, que está a ser aplicada nos lares e à população).
No distrito de Santarém vão ser vacinados um total de 842 bombeiros.
Carlos Ferreira afirmou que está já a decorrer a segunda inoculação nas estruturas residenciais para idosos (ERPI) dos nove concelhos do distrito de Santarém abrangidos pelo ACES Lezíria, a qual deverá estar concluída na segunda-feira, tendo-se iniciado a primeira vacinação nos lares que tiveram surtos da covid-19 e que já não apresentam casos positivos.
De fora estão ainda 10 ERPI, onde permanecem surtos ativos, afirmou, adiantando que ficaram ainda para vacinação posterior, a decorrer em contexto hospitalar, os idosos que as equipas de vacinação identificaram, nos inquéritos preliminares que realizam, como necessitando de outro tipo de acompanhamento.
A aplicação da segunda dose foi já concluída nas ERPI dos concelhos de Rio Maior, Alpiarça, Chamusca e Golegã, iniciando-se hoje nos concelhos de Santarém, Almeirim, Salvaterra de Magos, Coruche e Cartaxo, onde decorrerá ao longo dos próximos dias (incluindo sábado e domingo), até segunda-feira, disse.
Para a vacinação dos utentes indicados pelas unidades de saúde familiar, na segunda-feira, a convocatória foi feita por telefone, por não estar ainda disponível a aplicação que permitirá o envio de SMS, a qual o responsável do ACES Lezíria espera estar operacional no início da próxima semana, passando a incluir os utentes com mais de 50 anos e com comorbilidades associadas.
Este primeiro lote de 102 vacinas foi distribuído de acordo com a dimensão de cada uma das cinco unidades de saúde familiar (USF) do concelho de Santarém, sendo que à de S. Domingos foram atribuídas 30 doses, com a vacinação a decorrer, por grupos simultâneos de 10 utentes, às 09:00, 10:00 e 11:00.
Seguir-se-ão 12 utentes da USF Foral Novo (Alcanede), às 12:00, 20 da USF Almeida Garrett (Santarém), às 13:00 e às 14:00, 20 da USF Alviela (Pernes), às 15:00 e às 16:00, e 20 da USF Planalto (Santarém), às 17:00 e às 18:00.
Carlos Ferreira disse esperar que chegue novo lote de vacinas na segunda-feira, para convocação de mais utentes.
A vacinação contra a covid-19 iniciou-se em Portugal no passado dia 27 de dezembro, com a primeira fase a abranger os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes, funcionários e utentes de lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados integrados, assim como elementos das forças armadas, das forças de segurança, de serviços críticos e titulares de órgãos de soberania e altas entidades públicas.
Recentemente, foram incluídos no plano de vacinação pessoas com 80 ou mais anos e pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas.
A campanha de vacinação contra a covid-19 foi planeada de acordo com a disponibilidade das vacinas contratadas para Portugal, que estão a ser administradas faseadamente a grupos prioritários, até que toda a população elegível esteja vacinada.
O objetivo é vacinar 80% das pessoas com mais de 80 anos até março.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.718 pessoas dos 774.889 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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