Em termos globais, “a taxa de ocupação é de 84% em enfermaria e de 81% em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Na região do Norte, a taxa de ocupação em UCI, na quinta-feira, era de 88% e em enfermaria de 89%, sendo a região com maior pressão”, afirmou Diogo Serras Lopes, na conferência de imprensa regular sobre a pandemia de covid-19 no país.
Em Lisboa e vale do Tejo, as unidades hospitalares registam uma taxa de ocupação de camas tanto em enfermaria como em UCI, unidade onde estão os doentes mais graves de covid-19, também acima dos 80%, respetivamente, 84% e 82% do total.
“A alocação de camas de enfermaria e UCI para doentes covid é elástica e há capacidade de expansão à medida que for necessário”, acrescentou o secretário de Estado, referindo-se à articulação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o setor privado e com o setor social, lembrando a convenção assinada em abril.
Diogo Serras Lopes deu como exemplo a recente transferência de doentes do Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa, uma das unidades hospitalares que está a sofrer mais pressão devido o número de casos de covid-19.
“O centro hospitalar Tâmega e Sousa, que sabemos que é o ponto mais pressionado nesta segunda vaga da covid-19 já tem instalações que permitem aumentar a sua capacidade”, afirmou.
Segundo o governante, “tem havido uma grande colaboração de todos os hospitais da região Norte, das Forças Armadas e da Cruz vermelha no sentido de poder ajudar o centro hospitalar do Tâmega e Sousa e já foram transferidos vários doentes para outros hospitais e serviços, permitindo dar uma resposta mais eficaz à procura adicional”, frisou.
Sobre a possibilidade de o Grande Prémio do Algarve de Moto GP, entre 20 e 22 de novembro, ser cancelado, depois de terem sido detetados casos de infeção em elementos das equipas de Fórmula Um que estiveram em Portimão no último fim de semana, Diogo Serras Lopes remeteu o assunto para a Direção-Geral da Saúde, dizendo apenas que “a evolução da pandemia faz com que todas as medidas e todos os eventos sejam permanentemente avaliados e sejam tomadas as melhores decisões”.
Outro assunto abordado pelos jornalistas foram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que as mortes por covid-19 em Portugal, entre 02 de março e 18 de outubro, representam apenas 27,5% do acréscimo da mortalidade registado relativamente à média dos últimos cinco anos,
Entendeu o secretário de Estado da Saúde que não mereciam um comentário dado que tirar conclusões sem um estudo cuidado é prematuro e não tem utilidade”.
“O excesso de mortalidade é algo que tem de ser estudado de uma forma cuidada, que exige a codificação das várias patologias que estiveram inerentes aos óbitos e esse estudo demora o seu tempo e tem de ser feito de forma muito cuidadosa”, observou.
Portugal ultrapassou hoje todos os recordes desde o início da pandemia covid-19 com o registo de 40 mortos, 4.656 infetados e 1.927 doentes internados, 275 dos quais em cuidados intensivos.
O número de pessoas hospitalizadas continua a subir, sendo agora de 1.927 pessoas, mais 93 do que na quinta-feira, das quais 275 (mais seis) estão em UCI.
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