O Comité Conjunto de Vacinação e Imunização [Joint Committee on Vaccination and Immunisation, JCVI], que enfatiza que os benefícios continuam a ser maiores do que os riscos associados à covid-19, já tinha aconselhado em abril a não administração dessa vacina a maiores de 30 anos quando fosse possível.

Porém, a oferta de uma vacina alternativa a este grupo etário só deve acontecer quando existirem fármacos alternativos e “se não houver atraso substancial ou impedimento no acesso à vacinação”, vincou o presidente do JCVI, Wei Shen Lim, numa conferência de imprensa.

“Se o programa de vacinação continuar em força, uma futura onda de infeções é provável que seja menor do que inicialmente previsto tendo em conta o que sabemos sobre as vacinas” em termos de redução de complicações e transmissão da doença, sustentou.

De acordo com os dados hoje anunciados, entre mais de 28 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford administradas até 28 de abril, foram identificados 242 casos de coágulos sanguíneos, uma incidência de 10,5 casos por milhão.

Ao mesmo tempo, as autoridades britânicas também estimam que pelo menos 10 mil mortes foram evitadas até março graças ao programa de vacinação no Reino Unido, um dos mais avançados do mundo.

O Reino Unido já imunizou quase 35 milhões de pessoas com uma primeira dose, e cerca de 16 milhões receberam também a segunda dose, administrada com um intervalo de entre três e 12 semanas.

Isto corresponde a 66,3% dos adultos vacinados com uma primeira dose e 30,9% com ambas as doses.

Desde o início da pandemia, foram notificadas 127.583 mortes de covid-19 no Reino Unido, o país com nível mais alto de mortalidade na Europa e o quinto maior no mundo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.988 pessoas dos 838.475 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.