“O grupo de trabalho tem reforçado as suas orientações para que no caso de haver doses sobrantes, existam listas suplementares elaboradas com critérios de priorização do plano de vacinação, para que possam ser usadas as vacinas sobrantes” afirmou.
À margem de uma visita ao hospital de Faro, o governante revelou que essas listas “não existiam” e que eram as entidades responsáveis pelas vacinação que elaboravam a listagem, defendendo que “na generalidade o processo tem corrido bem”.
Para o secretário de Estado, a vacinação de pessoas de grupo não prioritárias é uma questão que se está a “colocar agora com mais premência” e por isso o grupo de trabalho decidiu “dar indicações e muito bem”, para se criassem as “listas suplementares, de acordo com o plano de vacinação e os critérios de priorização”.
Informou ainda que estão a ser promovidas pela Inspeção de Atividades em Saúde auditorias de âmbito nacional e há “procedimentos que terão sanções quer ao nível disciplinar e criminal, se durante a sede de inquérito tal se provar”.
Questionado pelos jornalistas sobre se estão garantidas as vacinas necessárias para as segundas doses, afirmou que “está garantida a administração da segunda dose a todos os que levaram a primeira”, incluindo os que a tomaram invalidamente".
Segundo António Lacerda Sales, já foram administradas “338 mil doses, 68 mil já com segunda dose”.
Em relação às recomendações de outros países em desaconselhar a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 50 anos, António Lacerda Sales afirmou que Portugal irá seguir a “melhor evidência científica”.
“Se vier a comprovar-se que essa vacinação é preferível em pessoas com menos de 50 anos, assim o faremos, se assim não for, manteremos o nosso plano de vacinação tal como está”, sublinhou.
Depois da visita à unidade de Faro, o secretário de Estado deslocou ao Hospital de Portimão e ao Pavilhão Arena, onde está instalado um hospital de campanha com uma enfermaria para doentes com covid-19.
Referindo-se a essa estrutura, destacou o facto de poder aumentar a capacidade em receber doentes, passando de uma “unidade de estrutura de apoio de retaguarda” para outra, com a possibilidade e acolher pacientes com “necessidade de alto fluxo” de oxigénio.
O governante revelou que o conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) lhe garantiu que caso fosse necessário estariam “ventiladores à disposição” e conseguiriam “implementar uma unidade" dentro do Portimão Arena.
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