Um estudo preliminar levado a cabo na China descobriu uma estirpe mais agressiva do novo coronavírus e outra mais ligeira, numa fase em que o número de novos casos na China estão a abrandar.

Os investigadores, da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Pequim e do Instituto Pasteur de Xangai, sob alçada da Academia Chinesa de Ciências, advertem, no entanto, que o estudo examinou uma quantidade ainda limitada de dados e que é necessário analisar mais dados para compreender melhor a evolução do vírus.

O estudo preliminar descobriu que uma estirpe mais agressiva do novo coronavírus, associada ao surto na cidade de Wuhan, corresponde a 70% das amostras analisadas, enquanto 30% estava ligada a uma estirpe menos agressiva.

"Estes resultados apoiam fortemente a necessidade urgente de estudos mais abrangentes, que combinem dados genómicos, dados epidemiológicos e registos clínicos dos sintomas de pacientes com a Covid-19", lê-se no artigo publicado na terça-feira na revista National Science Review.

O surto de COVID-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa. Das pessoas infetadas no mundo, cerca de 50 mil recuperaram.

Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de COVID-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

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