“Os dados de imunidade e segurança são comparáveis aos de pessoas mais jovens. [Mas] devido ao pequeno tamanho da amostra [de estudos anteriores] não é possível afirmar com certeza a sua eficácia para essa faixa etária”, indicou o Conselho em comunicado, seguindo o exemplo de países como a Itália ou Alemanha.

De qualquer forma, a agência destaca ainda que, se houver problemas logísticos que impeçam o uso das outras duas vacinas aprovadas na União Europeia, as da Pfizer-BioNTech e Moderna, a da AstraZeneca pode também ser usada em maiores de 65 anos.

Hoje, o chanceler federal, Sebastian Kurz, vai reunir-se com os governadores regionais e comité de especialistas para coordenar o plano nacional de vacinação, que avança lentamente, como no resto da UE, devido à escassez de vacinas.

As autoridades austríacas planeiam começar a vacinação com a vacina da AstraZeneca a partir de 07 de fevereiro, embora pareça difícil que o novo fármaco permita alcançar o objetivo de vacinar toda a população maior de 65 anos em finais de março, conforme inicialmente afirmado pelo Executivo.

Em janeiro, Kurz defendeu que a UE deveria aprovar o uso da vacina o mais depressa possível, já que, na sua opinião, a empresa anglo-sueca poderia enviar dois milhões de doses para o país até ao final de março.

O número de doses que a Áustria vai receber será bem menor, já que dos 80 milhões que a AstraZeneca deveria entregar à UE, vão chegar apenas 40 milhões, conforme anunciado no domingo pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Hoje, as autoridades austríacas notificaram 1.124 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, em linha com os dados das últimas semanas.

A incidência cumulativa no país continua estagnada nos cerca de 100 casos por 100.000 habitantes, apesar do confinamento nacional decretado no final de dezembro, que deve terminar esta semana.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.227.605 mortos resultantes de mais de 102,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.