Depois de quatro semanas de declínio, este é o segundo dia consecutivo de tendência ascendente. Nas últimas 24 horas, foram registados 41.240 novos casos, contra 35.431 na sexta-feira anterior, enquanto os óbitos relacionados com a doença foram contabilizados em 323, abaixo dos 370 notificados há uma semana.
Desde o início da pandemia, a Alemanha registou 7.150.422 infeções confirmadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, 111.925 pessoas morreram e 6.382.900 foram dadas como recuperadas.
Em termos vacinais, 71,2% da população recebeu o esquema completo da vacina, 38,6% recebeu já a dose de reforço e 74,2% recebeu pelo menos a primeira dose.
Segundo o chefe do departamento de virologia do Hospital Universitário de La Charité, Christian Drosten, será necessária uma quarta dose com uma vacina adaptada às características da variante Ómicron. “Penso que todos precisarão de uma dose de reforço com uma vacina atualizada”, afirmou Drosten à rádio Deutschlandfunk.
O especialista alemão manifestou a sua expectativa de um aumento da incidência durante o inverno e adverte que a percentagem de pessoas não vacinadas, mesmo entre as com mais de 60 anos, ainda é muito elevada na Alemanha.
“Temos muitas pessoas não vacinadas na Alemanha, também entre os maiores de 60 anos, e estas estão naturalmente em risco”, sublinhou.
Para os vacinados, sustentou Christian Drosten, a pandemia pode terminar no próximo ano, mas ainda terão de ser considerados os não vacinados e serão necessárias algumas medidas, tais como o uso de máscaras em espaços fechados.
“Não ficaria surpreendido se no próximo inverno ainda tivéssemos de usar máscaras no interior. Mas penso que não teremos de novo muita pressão hospitalar”, observou.
Um debate esperado nos próximos meses será sobre a vacinação obrigatória. Os estados federais e o governo federal tinham pedido ao Bundestag a 02 de dezembro que preparasse uma decisão para que a vacinação obrigatória pudesse entrar em vigor em fevereiro.
No entanto, o Presidente do Bundestag, Bärbel Bas, disse ao Neuen Osnabrücker Zeitung que é necessário tempo para tal decisão e que não é aconselhável apressar uma decisão.
“Se chegássemos ao fim do processo em março, não haveria problema. Não devemos deixar que o debate nos desvie da prioridade de vacinar mais pessoas”, frisou, acrescentando: “Se conseguirmos subir a taxa de vacinação até 80 ou 90%, talvez a vacina obrigatória não seja necessária. Todos os que forem vacinados ajudarão”.
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