No total, o país registou em 2017 mais de dois mil casos de lepra, contra 1.500 em 2016, de acordo com Nazira Abudula, citada hoje pelo diário Notícias.

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As províncias de Cabo Delgado, Nampula, norte do país, e Zambézia, centro, são os que registaram maior número de casos, uma doença infecciosa transmitida por uma bactéria através da saliva e que afeta a pele e os nervos.

Do número total de casos registados no país em 2017, 200 foram diagnosticados em crianças.

"Isto significa que o problema persiste. Quer dizer que os mais velhos transmitem aos mais novos, que são os seus filhos e outros educandos", declarou a governante.

Apelo ao tratamento

A ministra da Saúde moçambicana apelou para a colaboração das comunidades no tratamento da doença, lembrado que as autoridades de saúde têm medicamentos suficientes para a combater.

"Não temos problema de falta de medicamentos: o ministério dispõe de fármacos suficientes para combater esta doença em todas as unidades sanitárias", acrescentou a governante.

Moçambique e Brasil estão entre os países que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera prioritário intervir para combater a lepra, anunciou no domingo, Dia Mundial da Lepra.

A Organização Mundial de Saúde registou 214.783 casos de lepra, reportados em 2016, incluindo 12.437 pessoas com um grau sério de deficiência

Além de Brasil e Moçambique, a ONU considera preocupante a lepra na Índia, Indonésia, Bangladesh, República Democrática do Congo, Madagáscar, Birmânia (Myanmar), Nepal, Filipinas, Etiópia e Nigéria.