O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres , e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama e 1.500 mulheres morrem com esta doença.

De acordo com Ana Teresa Maia, "sabemos que o cancro da mama tem uma forte componente genética, ou familiar, e no nosso trabalho pretendemos identificar novos marcadores de risco, que nos permitam não só avaliar a predisposição de cada mulher de uma forma individualizada e eficiente mas também nos proporcione pistas biológicas para pudermos desenvolver terapias preventivas".

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"Sabe-se hoje que milhões de pequenas diferenças no ADN de cada pessoa, chamadas polimorfismos, são o que nos dão a nossa individualidade, de sermos altos ou baixos, gordos ou magros, e de termos maior ou menor predisposição para doenças como o cancro ou a diabetes.Cada pessoa nasce com uma combinação única destes polimorfismos, e como tal tem um risco único e individual para o cancro", acrescenta.

Desvendar os mecanismos biológicos

A cientista diz ainda que "neste estudo, o nosso objetivo é estudar algumas regiões genéticas que se suspeita que estejam associadas a um risco aumentado para cancro da mama. O nosso trabalho preliminar permitiu-nos identificar polimorfismos nestas regiões que são fortes candidatos a serem os causadores do risco aumentado. No estudo vamos validar estes novos marcadores e desvendar os mecanismos biológicos pelos quais atuam".

Ana Teresa Maia foi uma das premiadas da primeira edição da Maratona da Saúde, em 2014,onde recebeu 25.000 euros para o desenvolvimento do seu estudo, designado de "À descoberta da importância da cis-regulação na suscetibilidade do cancro da mama", e que brevemente irá apresentar quais os resultados obtidos – "O Prémio Maratona da Saúde permitiu-me estabelecer a minha equipa de investigação na Universidade do Algarve, o que nos veio possibilitar o desenvolvimento do programa de investigação".