
A ADSE está disponível para fazer mudanças na nova tabela de preços e até a proceder a algumas revalorizações de atos médicos, mas para isso terá de haver a disponibilidade para rever algumas práticas, nomeadamente o volume de faturação relacionado com as prescrições. Quem o diz é o presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista, ao Diário de Notícias. "Algumas destas práticas não têm razão clínica e se houver disponibilidade para as corrigir podemos ver", admitiu.
Os novos preços tabelados - que as estruturas internas da ADSE vão agora renegociar - deverão ficar fechados até sexta-feira, para que entrem em vigor a partir do dia 1 de março.
Esta será, por isso, uma semana cheia de reuniões, com as associações dos hospitais privados, dos laboratórios de análises e dos médicos dentistas, entre outras - e de apresentação de sugestões de revisão, escreve o jornal.
Segundo a nova tabela da ADSE, os custo dos encargos do subsistema reduzem-se em 29,7 milhões de euros e os beneficiários pagarão menos 12,66 milhões.
De acordo com dados divulgados pelo jornal Público, o saldo da ADSE, que em 2017 terá sido positivo em mais de 58 milhões de euros, cairia para um valor negativo de 12,5 milhões de euros em 2018 caso não se mexesse nas tabelas de preços praticadas.
Em 2016, a ADSE pagou cerca de 405 milhões de euros a hospitais, clínicas, laboratórios e médicos da rede. Cerca de 60% deste valor é absorvido pelos maiores grupos privados do setor.
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