O Instituto Superior D. Afonso III (INUAF), em Loulé, não vai abrir novas turmas este ano face à “redução drástica de alunos” e a direção pondera encerrar o estabelecimento, disse hoje o subdiretor da instituição, Manuel Rebelo Marques.

 

O instituto abriu em 1997 e entre 2000 e 2001 atingiu o seu pico de alunos (cerca de mil), mas atualmente, apesar de ter 11 cursos acreditados, o INUAF funciona apenas com quatro cursos e dois mestrados que, em conjunto, têm menos de cem alunos.

 

"O número de alunos tem vindo a reduzir, não só no INUAF, mas em todas as instituições universitárias do país, só que nas instituições privadas isso nota-se muito mais porque não temos apoio do Estado", observou, apontando a crise económica como uma das principais razões para a diminuição de alunos.

 

Por outro lado, admitiu que existe uma crescente desmotivação para frequentar o ensino superior, sobretudo nos alunos que optam por cursos em horário pós-laboral, que eram a maioria dos alunos daquele instituto.

 

"Há falta de ânimo das pessoas para tirarem cursos superiores e depois as instituições públicas são muito mais baratas do que as privadas", sublinhou aquele responsável.

 

Há três anos que o INUAF enfrenta uma redução consecutiva de alunos, o que já obrigou o instituto a recorrer a uma reserva financeira, obrigatória por lei para situações de emergência.

 

Segundo o subdiretor do INUAF, apesar de a reserva ainda não ter esgotado, a direção vai decidir até ao final do mês entre a manutenção ou encerramento do instituto, mas com a preocupação de evitar situações de incumprimento com alunos, funcionários, o Estado e outras entidades.

 

"Vamos ponderar muito bem e, se se concluir que não abrimos, que é a hipótese menos provável, vamos ter de colocar os estudantes noutras instituições, para não serem prejudicados", concluiu Manuel Rebelo Marques.

 

Por Lusa