"O presidente da República Nicolas Sarkozy e a ex-manequim e cantora
Carla Bruni ter-se-iam casado quinta-feira passada no Eliseu" - escreve
o jornal francês "L'Est Républicain" numa notícia de primeira página
impressa às 15 horas e 45 minutos desta tarde.
Segundo observadores bem informados, vinda donde vem, esta notícia
merece credibilidade. O jornal em causa tem boa reputação, é um aliado
de Cécilia, ex-mulher de Sarkozy, e tem batido a concorrência em
matérias relacionadas com o romance do presidente.
Citando um testemunho presencial, o mesmo periódico informa que a
cerimónia decorreu num ambiente íntimo e que os noivos foram
dispensados dos banhos municipais estipulados para o efeito. Isso é
legalmente possível em França, desde que o procurador da República
considere que há razões ponderosas. "A tranquilidade do Presidente da
República e a serenidade requerida para o bom exercício das suas
funções teriam sido consideradas suficientes para levar o representante
do Ministério Público a privilegiar esta oportunidade" - adianta o
"L'Est Républicain".
A situação conjugal de Sarkozy estava, de facto, a causar sérios
problemas protocolares em países que se preparam para o acolher em
visitas oficiais e que não gostam de receber presidentes com namoradas
a tiracolo. Casos, por exemplo, da Grã-Bretanha e de Índia.
O matrimónio, a confirmar-se, serviria para acabar com todos os
equívocos. Além disso, feito em cenário tão secreto, representaria uma
vingança pessoal de Sarkozy sobre a Imprensa que o tem assediado.
"Sabereis da notícia quando ela (o casamento) já tiver acontecido" -
garantiu ele aos jornalistas na semana passada.
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